quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Otan aumenta patrulha aérea por causa da Rússia

Aeronave russa é fotografada a frente de um caça da Força Aérea Britânica ao sobrevoar o espaço aéreo internacional perto dos Estados Bálticos; O Ministério de Defesa da Grã-Bretanha informou que os aviões militares que adentrarem a região sem permissão serão interceptados

O novo chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou que a aliança está em preparação e aumentando sua patrulha aérea em resposta ao aumento na atividade da Força Aérea russa no leste da Europa. Stoltenberg afirmou que a Otan não está de volta à época da Guerra Fria em relação ao país, seu antigo arqui-inimigo, mas que o comportamento da Rússia tem minado severamente a confiança construída nas últimas décadas. Durante visita a Atenas, Stoltenberg reafirmou que a aliança "permanece vigilante" devido ao número de vôos militares russos no leste do continente europeu, que foi triplicado neste ano. Ele também pediu à Rússia que retire suas tropas da Ucrânia e alertou para os planos de rebeldes separatistas para realizar eleições locais no leste do país. A Rússia, no entanto, nega manter soldados no país vizinho. A Otan relatou na quarta-feira “incursões incomuns" em vôos militares russos sobre os mares Negro, Báltico e do Norte e sobre o Oceano Atlântico durante os últimos dias. O porta-voz da aliança militar, Jay Janzen, afirmou que quatro bombardeiros estratégicos Tupolev Tu-95, além de outras aeronaves russas, realizaram manobras de grande escala no espaço aéreo internacional. Nenhum incidente foi relatado, mas Janzen disse que as trajetórias das manobras eram incomuns. As tensões entre a aliança e a Rússia aumentaram desde que o país anexou a península da Crimeia, em março. De acordo com funcionários da Otan, pilotos da aliança realizaram mais de 100 interceptações de aeronaves russas neste ano, cerca de três vezes mais do que em 2013.

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