quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Polícia canadense investiga suspeito de ser atirador

A polícia canadense está investigando um homem identificado como Michael Zehaf-Bibeau, que seria o responsável pelos ataques desta quarta-feira em Ottawa. O suspeito, nascido em 1982, tinha um histórico de uso de drogas antes de se converter ao islã, informou a rede CNN. O jornal The Globe and Mail afirmou que ele era conhecido pelas autoridades canadenses, e recentemente foi designado como um “viajante de alto risco” e que seu passaporte foi confiscado. Fontes do governo americano disseram que as agências de inteligência foram advertidas de que o atirador era um canadense convertido ao islã. As circunstâncias são as mesmas que cercavam Martin Rouleau-Couture, que atropelou deliberadamente dois soldados na segunda-feira, fugiu da polícia e acabou sendo morto. O soldado morto nesta quarta foi identificado como o reservista Nathan Cirillo, de 24 anos. Ele estava em treinamento para integrar a agência de serviços de fronteira, segundo a imprensa canadense. A polícia disse que a investigação continua, mas não confirmou as informações de que mais de um atirador estaria envolvido no ataque. As autoridades pediram a testemunhas que informassem sobre qualquer detalhe que pudesse ajudar nas investigações. A morte de um suspeito e também do soldado foram confirmadas horas depois do início dos ataques. "Uma das vítimas do tiroteio morreu devido aos ferimentos. Era membro das forças canadenses. Nossos pensamentos e orações estão com seus entes queridos", declararam as autoridades. Cirillo foi baleado pouco antes das 10 horas, pelo horário local, quando cumpria seu turno como sentinela no Memorial de Guerra Canadense. Pouco depois desse ataque, tiros foram ouvidos dentro do prédio do Parlamento, que foi isolado pela polícia. A informação sobre outro ataque perto de um shopping center não foi confirmada oficialmente. O edifício invadido abriga a Câmara e o Senado canadenses, bem como os escritórios dos congressistas e a administração das duas Casas legislativas. No momento do ataque, o primeiro-ministro Stephen Harper estava em seu escritório no Parlamento. Ele foi retirado do edifício em segurança. Nesta quarta-feira o Canadá havia elevado de "baixo" para "médio" o nível de ameaça terrorista no país. O Ministério da Segurança Pública do Canadá explicou em comunicado que a decisão não responde a uma ameaça específica contra o país, mas “está vinculada a um aumento geral de conversas de organizações radicais como o Estado Islâmico (EI), Al Qaeda, Al Shabab e outras”. Ainda segundo o comunicado, “este nível significa que a informação da inteligência indica que um indivíduo ou grupo no Canadá ou no exterior tem a intenção e a capacidade de cometer um ato de terrorismo”.

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