sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Preço de energia dispara no mercado de curto prazo

Trabalhadores fazem manutenção em rede elétrica na zona sul de São Paulo

Trabalhadores fazem manutenção em rede elétrica na zona sul de São Paulo (Reinaldo Canato/VEJA)
O preço de energia de curto prazo voltou a subir ao patamar mais alto permitido para o ano, a 822,83 reais o megawatt, diante da redução da estimativa de chuvas que deverão chegar aos reservatórios das hidrelétricas em outubro em todas as regiões do Brasil. A energia consumida pelas residências é proveniente de um mercado regulado pelo governo. As distribuidoras que repassam a energia ao consumidor a compram em leilões promovidos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que estabelece o preço a ser pago por megawatt levando em conta as perspectivas de demanda das próprias companhias. Quando a demanda excede a oferta, as distribuidoras são obrigadas a comprar no mercado de spot, também chamado de curto prazo, onde os preços são mais caros e sofrem grandes oscilações. No início do ano, o preço do megawatt ficou no patamar de 800 reais até abril.  Todas as regiões do país ainda terão afluências bem abaixo da média em outubro, com exceção do Sul, e o nível dos reservatórios na região Sudeste/Centro Oeste pode chegar ao final do mês a 19%, segundo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) — que seria o pior nível mensal já verificado pelo menos desde 2000. A baixa pluviosidade desde o ano passado mantém represas do país em níveis baixos históricos. No Sudeste/Centro Oeste o nível atual de 22,09 por cento já é o mais baixo entre as represas brasileiras desde o ano do racionamento, em 2001. O governo federal descarta racionamento atualmente e afirma que o risco de haver qualquer déficit de energia em 2015 está abaixo do patamar máximo aceitável de 5%. A expectativa de meteorologistas era de que as chuvas voltassem a ocorrer a partir das duas últimas semanas de outubro no Sudeste/Centro-Oeste, intensificando-se com o início do período úmido em novembro. Mas, segundo o Informe do Programa Mensal de Operação (PMO) do ONS divulgado nesta sexta-feira, as chuvas previstas em outubro para o Sudeste/Centro-Oeste, que concentra os principais reservatórios de hidrelétricas do País, deverão ser de apenas 67% da média histórica para o período.

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