quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Zuenir Ventura é eleito para Academia Brasileira de Letras

Zuenir Ventura

O jornalista e escritor Zuenir Ventura, 83 anos, foi eleito nesta quinta-feira novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ventura recebeu 35 votos para ocupar a cadeira 32, que era do dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna, morto em 23 de julho. Concorreram com ele os poetas Thiago de Mello e Olga Savary, que terminaram o pleito com um voto cada. Os ocupantes anteriores da cadeira foram Carlos de Laet, Ramiz Galvão, Viriato Correia, Joracy Camargo e Genolino Amado. Nas últimas semanas, a ABL também elegeu o poeta Ferreira Gullar e o historiador Evaldo Cabral de Mello para ocupar as cadeiras deixadas vagas pelas mortes de Ivan Junqueira e João Ubaldo Ribeiro, respectivamente. Zuenir Ventura é jornalista e ex-professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Nos anos 1960, foi editor internacional do Correio da Manhã, diretor de redação da revista Fatos & Fotos, chefe de reportagem da revista O Cruzeiro e editor-chefe da sucursal no Rio de Janeiro da revista Visão-Rio. Em 1969, assinou a série de doze reportagens "Os Anos 60 – A Década que Mudou Tudo", para a Editora Abril, posteriormente publicada em livro. Também na editora, foi chefe de redação de VEJA de 1977 a 1981. Em 1988, Ventura lançou o livro "1968 – O Ano que Não Terminou", que recebeu 48 edições, vendeu mais de 400.000 exemplares e foi a inspiração para a minissérie "Anos Rebeldes" (1992), da Globo. Recebeu o Prêmio Esso de Jornalismo e o Prêmio Vladimir Herzog pela série de reportagens "O Acre de Chico Mendes", publicada em 1989 no Jornal do Brasil. Seu livro mais recente é o romance "Sagrada Família" (Alfaguara).

Nenhum comentário: