quarta-feira, 26 de novembro de 2014

CPMI do Petrolão deve receber em até 15 dias os dados sigilosos do petista João Vaccari


Banco Central, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Receita Federal têm 15 dias, contados a partir de 20 de novembro, para remeter à CPI Mista da Petrobras informações bancárias, telefônicas e fiscais do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, no período entre 1º de janeiro de 2005 a 20 de maio de 2014. A ordem para a transferência dos dados sigilosos foi feito pelo presidente da CPI Mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), na semana passada. A quebra dos sigilos do tesoureiro do PT foi aprovada no dia 18, em reunião administrativa da comissão, por 12 votos a favor e 11 contra. A justificativa apresentada pelo deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) foi uma reportagem da revista Época, segundo a qual há denúncia de que Vaccari teria recebido recebido US$ 8 milhões da construtora Odebrecht a partir de um contrato fechado com a área internacional da Petrobras. Isso teria acontecido em 2010, durante a campanha presidencial de Dilma Rousseff. Enquanto aguarda os dados de Vaccari Neto, a CPI Mista da Petrobras pode votar as quebras de sigilos de tesoureiros e ex-tesoureiros de cinco partidos políticos: PMDB, PR, Democratas, PPS e PSDB, também entre 2005 e 2014. Os requerimentos pedindo a transferência das informações foram apresentados pelo deputado Sibá Machado (PT-AC). Ele justifica que essas legendas receberam doações de empresas investigadas pela Operação Lava Jato. Até a tarde desta quarta-feira (26) a CPI mista da Petrobras não tinha agendado a próxima reunião administrativa. O vice-presidente da comissão, senador Gim (PTB-DF), informou, no entanto, que essa reunião pode acontecer na próxima terça-feira (2). Para esse dia está marcada a acareação entre os ex-diretores da Petrobras, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró.

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