sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Declarações do delator Paulo Roberto Costa serão incluídas em dois inquéritos


O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão domiciliar, prestou depoimento nesta sexta-feira por duas horas e meia a promotores do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Ele foi ouvido em sua casa, em um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. As declarações serão incluídas em dois inquéritos civis. No primeiro, o Ministério Público apura sobrepreço em um contrato assinado entre a Petrobras e a construtora Andrade Gutierrez para obras de ampliação do Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes) no campus da Ilha do Fundão, na zona norte do Rio de Janeiro. Em outra investigação, o Ministério Público verifica a evolução patrimonial de Sérgio Machado, presidente licenciado da Transpetro (subsidiária da Petrobras), para apurar se há incompatibilidade com sua renda. Os promotores chegaram às 13h53 e saíram às 16h22, em três carros sem identificação oficial. Não deram entrevistas nem na chegada nem na saída. Sérgio Machado informou que a oitiva de Paulo Roberto Costa não tem ligação com a Operação Lava Jato, que investiga desvio de verbas na estatal. O presidente licenciado da Transpetro alega que a investigação da promotoria do Estado do Rio de Janeiro já havia concluído "de forma categórica" que seus ganhos são "totalmente compatíveis com sua renda e patrimônio", de acordo com a assessoria. O pedido de autorização para interrogar Paulo Roberto Costa foi feito pela promotora Gláucia Maria da Costa Santana, do Ministério Público do Rio de Janeiro, por meio de ofício, ao juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo da Operação Lava Jato, que investiga atos de corrupção no âmbito da Petrobras. Moro autorizou a tomada do depoimento.

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