quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Finalmente a Petrobras demite o gerente geral da refinaria Abreu e Lima; PT e base aliada do regime petralha blindaram o suspeito por cinco anos, perdendo bilhões de reais

Em agosto de 2009, em depoimento à CPI da Pe­­­tro­­­bras aberta naquela oportunidade, o gerente-geral de Im­­ple­­­mentação de Empreen­­­di­­­mentos para a Refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, Glauco Colepicolo Legatti ( à esquerda), reconheceu que o valor total da obra passou de R$ 10 bilhões para R$ 23 bilhões. Se­­­gundo ele, o aumento na previsão de gastos com a construção foi provocado por “indefinições e mu­­danças” no projeto inicial da refinaria. Foi blindado pela bancada do governo. Na foto, Glauco Legatti, ao lado do senadores Marcelo Crivela(PRB), João Pedro(PT) e Delcídio Amaral(PT), à CPI: “Não há sobrepreço na obra”.
Em 14 de julho passado, o suspeito Glauco Legatti (à esquerda), em nova CPI da Petrobras no Senado, foi blindado pelo governo, de forma vergonhosa, pelo senador José Pimentel, do PT, relator da comissão, à esquerda na foto. A oitva foi conduzida pelo suplente de Marta Suplicy, Antônio Carlos Rodrgigues, do PR. Leia aqui as notas taquigráficas e veja como as perguntas são conduzidas para dar uma falsa noção de que está tudo certo na obra. O custo já havia subido, em cinco anos, de R$ 23 bilhões para atuais R$ 48 bilhões. Dobrado de preço! Com base nas conclusões dos relatórios das Comissões Internas que apuraram operações envolvendo as obras das refinarias Comperj, no Rio de Janeiro, de Abreu e Lima, em Pernambuco, e da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, a Petrobras já iniciou demissões de funcionários envolvidos em irrregularidades. Segundo fontes próximas, a estatal demitiu nesta quarta-feira pela manhã o gerente-geral de Abreu e Lima, também conhecida como Renest, Glauco Colepicolo Legatti. O cargo é ligado à Diretoria de Engenharia e Serviços, cujo ex-diretor petista Renato Duque está preso desde semana passada. As comissões teriam apresentado à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, em seus relatórios, listas com grande número de funcionários e ex-funcionários da companhia que teriam tido participação irregular nas obras. Segundo a fonte, outras demissões estariam sendo preparadas.A Petrobras teria ainda suspendido todos os aditivos dos contratos das obras da refinaria, que tem custo em US$ 18,5 bilhões. No início de novembro, o Tribunal de Contas da União havia aprovado relatório recomendando a paralisação de quatro obras que recebem recursos do governo federal. Também recomendou a retenção de parte dos valores de outras cinco obras, entre elas a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.

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