sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Investigação da OAS na Operação Lava Jato impede a compra da Arena Grêmio, executivo que comandava as tratativas foi preso


As definições sobre a compra da gestão da Arena do Grêmio junto à empreiteira OAS deverão demorar mais do que o esperado no Rio Grande do Sul. Como a empresa é investigada na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, as negociações foram temporariamente suspensas. O funcionário da empresa que comandava as tratativas com o Grêmio é José Ricardo Nogueira Breghiroll, um dos executivos que tiveram prisão decretada na sétima fase da operação. Ele está preso desde o dia 14 de novembro. Entre Grêmio e OAS, ficou estipulado que o clube pagará R$ 360 milhões, divididos em parcelas mensais durante 20 anos, além de entregar o Olímpico, avaliado em R$ 170 milhões. Na diretoria do Grêmio havia a certeza que o clube poderia assinar a negociação ainda neste ano. Para que isso acontecesse, bastaria que a OAS apresentasse as garantias ao BNDES para desonerar o terreno da Arena e, com isso, efetivar a troca de chaves com o Olímpico. "Não há como avançar neste momento. O advogado que capitaneou a negociação da OAS está preso. Só se ele repassar para outra pessoa da empresa encaminhar o negócio", explica uma fonte ligada à negociação. A expectativa inicial da direção gremista era de que a tratativa estivesse concluída definitivamente até o início de 2015. Os conselheiros do Grêmio deveriam ter votado o contrato em 17 de novembro. A pedido da direção, no entanto, a reunião foi suspensa e não tem nova data prevista. Existe também o risco de que a Arena Grêmio, que pertence à OAS, seja arrestada pela Justiça para garantir ressarcimentos pelos roubos no Petrolão. 

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