quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O petissta Mercadante diz que ajuste da economia não será ortodoxo

Em meio a críticas ao plano do governo de alterar a meta de superávit primário, o ministro-chefe da Casa Civil, o petista Aloizio Mercadante, disse que a opção do Palácio do Planalto foi por não fazer um “ajuste ortodoxo” para proteger a indústria, o emprego e a renda. “Essa foi nossa estratégia: proteger o mercado interno, onde conseguimos sustentar a produção”, disse o ministro: “O governo fez uma opção, abertamente debatida na campanha, de não fazer ajuste ortodoxo". Acompanhado do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, o ministro convocou a imprensa para mostrar boa vontade do governo federal no atendimento das demandas do setor industrial. Questionado sobre novas medidas do governo, Mercadante evitou dar um prazo para o envio do projeto que unifica o PIS e a Cofins ao Congresso Nacional. “A hora que tiver pronto vocês vão saber, mas está muito avançado”, disse. No mês passado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o projeto poderia ser enviado ainda neste ano. A questão, segundo Mercadante, entrará na agenda de estudos do governo junto com a CNI. “A intenção é criar uma estrutura tributária mais racional”, disse, acrescentando que a Fazenda está bastante avançada neste assunto. Mercadante anunciou a formação de seis grupos de trabalho que estudarão os pontos prioritários da indústria e apresentarão em dezembro os resultados à presidente Dilma Rousseff. O ministro disse que haverá uma nova equipe do governo em breve, com foco na competitividade do Brasil. Os seis grupos de trabalho estudarão temas de logística e infraestrutura, como rodovias, portos, energia e mobilidade urbana. Também serão discutidas questões relacionadas à desburocratização, comércio exterior e compras governamentais. A reunião, disse o ministro, serviu para a definição de pontos da agenda da indústria que são prioridade para o governo. O objetivo é apresentar até meados de dezembro resultados concretos dos grupos de trabalho para a presidente. 

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