quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Operador do PMDB no Petrolão, Fernando Baiano, saiu duas vezes do País após ser denunciado por Paulo Roberto Costa


Documentos da Justiça Federal apontam que o lobista Fernando Antônio Soares, conhecido como Fernando Baiano, saiu duas vezes do Brasil após ser denunciado pelo ex-diretor de refino e abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef, como operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras. Fernando Baiano estava foragido desde a semana passada, quando a Polícia Federal desencadeou a sétima fase da Operação Lava Jato. Ele se entregou à sede da PF em Curitiba, na tarde desta terça-feira. No mandado de prisão temporária expedido pela PF, Baiano afirmou que “se apresentou espontaneamente” aos policiais. Durante a expedição dos mandados de prisão temporária, o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, já manifestava preocupação com uma possível fuga de Fernando Baiano. Nos registros de fronteira, Baiano deixou o país durante todo o mês de outubro, voltando no dia 24 do mês passado. Três dias depois, ele voltou ao Exterior e somente agora foi novamente visto de volta ao País. “Esclareça-se que, em agosto deste ano, surgiram as primeiras notícias sobre possível colaboração premiada de Paulo Roberto Costa, o que é indicativo de que as viagens ao exterior estão motivadas pelo receio do processo”, analisa o juiz Sérgio Moro na decisão de prisão temporária expedida contra Fernando Baiano. Nos documentos apreendidos na casa de Paulo Roberto Costa, pela Polícia Federal, foram encontradas planilhas com as inicias FB, que supostamente são indicativos de que seriam destinadas ao lobista do PMDB. Em uma das planilhas, foram listados quatro pagamentos no valor de R$ 2,1 milhões. “Conforme depoimentos citados do parecer ministerial, narraram eles todo o esquema de cartelização, lavagem e pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos, confirmando não só a participação de Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, mas das demais empreiteiras e ainda o envolvimento de Renato Duque, Diretor de Serviços da Petrobras, e Fernando Soares, vulgo Fernando Baiano, outro operador encarregado de lavagem e distribuição de valores a agentes públicos”, descreve o juiz Sérgio Moro na decisão relacionada à sétima fase da Operação Lava Jato. 

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