sábado, 29 de novembro de 2014

Traficantes matam cabo do Exército com tiro na cabeça na Maré, no Rio de Janeiro


Traficantes assassinaram, nessa sexta-feira (28), um cabo do Exército, com um tiro na cabeça, no Conjunto de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro. Foi a primeira morte de um militar das Forças Armadas num ataque de bandidos, desde o início do processo de pacificação, há seis anos. Segundo a Força de Pacificação, os militares faziam um patrulhamento na região conhecida como Vila dos Pinheiros quando um grupo de bandidos atirou contra eles. Um cabo foi atingido na cabeça. Imagens divulgadas na internet mostram o cabo sendo levado pelos colegas para uma Unidade de Pronto Atendimento, uma UPA, no próprio Complexo de Favelas da Maré. Ele foi colocado em uma maca e levado para dentro, com a cabeça enfaixada. Logo em seguida o militar foi transferido para o Hospital Central do Exército, na Zona Norte do Rio de Janeiro, mas ele não resistiu ao ferimento e morreu. Em uma outra região da Maré, conhecida como Conjunto Esperança, bandidos dispararam contra um veículo blindado que caiu num canal. O Conjunto de Favelas da Maré está localizado entre a Linha Vermelha e a Avenida Brasil, duas importantes vias de acesso ao Centro do Rio de Janeiro. Era uma região dominada pelo tráfico até a chegada da Força de Pacificação, em abril deste ano. Dois mil e setecentos militares ocuparam 15 comunidades do conjunto de favelas. Desde então, os militares realizaram quase 500 prisões, entre elas de cinco chefes de quadrilha, e apreenderam grande quantidade de drogas, armamento e munição. A Força de Pacificação divulgou o nome do cabo assassinado: Michel Augusto Mikami, de 21 anos. O Exército Brasileiro se solidarizou com a família e, em nota, declarou que vai continuar a cumprir sua missão no Complexo da Maré, em defesa da paz social. O governador Luiz Fernando Pezão também lamentou a morte do militar e reafirmou que o governo seguirá firme no processo de pacificação. Só existe um modo de pacificar as favelas: prendendo todos os narcotraficantes. Ocupar favela sem prender traficante significa dar proteção oficial ao tráfico de drogas e armas. 

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