quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Tribunal de Contas da União diz que cineasta Guilherme Fontes deve R$ 66 milhões pelo inacabado filme "Chatô"


O Tribunal de Contas da União negou recurso do ator Guilherme Fontes, que tenta reverter a decisão sobre a prestação de contas de seu filme "Chatô - O Rei do Brasil", cuja produção começou em 1996. O longa, que estaria pronto, nunca foi lançado. Ele captou 14,2 milhões de reais para o longa por meio da Lei de Incentivo à Cultura e da Lei do Audiovisual. Segundo o Tribunal de Contas da União, o valor devido é de R$ 66.267.732,48 reais, já com juros de mora e atualização monetária, mais 2,5 milhões reais de multa. Não cabe mais recurso no TCU que julgue o mérito da questão, mas ainda é possível tentar um embargo de declaração, recurso que lhe garantiria mais tempo para o pagamento dos valores, devidos ao Fundo Nacional de Cultura. Há dois anos, Fontes foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a devolver 2,5 milhões de reais à Petrobras, que foi uma das patrocinadoras do filme. O ator-cineasta nega mau uso de dinheiro público. "Eu durmo tranquilo porque nunca desviei um real. Essas duas condenações são uma piada. O que captei de fato foram 12 milhões de reais. Recebi 8,6 milhões de reais, que investi integralmente no projeto. O Brasil é fake!", afirmou à revista. "Filmei em 1999, 2002 e 2004. Nunca houve uma filmagem cancelada, nada que denotasse falta de profissionalismo. O filme está com 1 hora e 53 minutos. Acabou. Levei três anos para filmar 80% e quase 14 para fazer 20%. Está faltando um dinheirinho para fazer a trilha sonora e a computação gráfica. Vou estrear este ano. E vai ser uma coisa muito louca. As pessoas vão se surpreender. Está quase, está quase", declarou. É inacreditável.....é para isso que serve dinheiro público aplicado em "arte" no Brasil. 

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