sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Vice-presidente da Mendes Júnior promete se entregar

Sergio Cunha Mendes, da Mendes Júnior, investigado na Operação Lava Jato da Polícia Federal em foto de 2012

O vice-presidente da construtora Mendes Júnior, o empresário Sérgio Cunha Mendes, deve se entregar à Polícia Federal ainda nesta sexta-feira. Em nota enviada pela assessoria de imprensa da empresa, ele afirmou que estava de férias com a família quando soube do mandado de prisão e "tomou providências para se apresentar à Polícia Federal em Curitiba (PR)". Cunha Mendes é um dos quatro executivos que tiveram a prisão preventiva decretada durante a sétima fase da operação Lava Jato deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira. Outros 14, entre eles o ex-diretor de serviços da Petrobras, o petista Renato de Souza Duque, tiveram prisão temporária decretada. Policiais federais fizeram busca e apreensão na sede da construtora e na casa de Sérgio Cunha Mendes. Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte, e o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema petista do Petrolão, são considerados foragidos pela Polícia Federal, que acionou a Interpol para localizá-los. A Justiça expediu mandado de prisão para ambos, mas eles não foram localizados pelos agentes. A operação desta sexta-feira se deu a partir da análise do material apreendido até aqui e dos depoimentos colhidos nas fases anteriores da investigação. Ao todo, foram expedidos 85 mandados: quatro de prisão preventiva, 10 de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 49 de busca e apreensão no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, além do Distrito Federal. A Justiça ainda decretou o bloqueio de 720 milhões de reais em bens de 36 investigados. Também foi autorizado o bloqueio integral de valores de três empresas que pertencem a um dos operadores do megaesquema de corrupção investigado pela Lava Jato. Os envolvidos serão indiciados pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

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