sábado, 27 de dezembro de 2014

Ação da Petrobras desaba mais 6% e a Bolsa fecha em baixa

A Petrobras viu suas ações desabarem mais de 6% nesta sexta-feira (26) e pressionarem em baixa a Bolsa brasileira, em uma sessão marcada por poucos negócios. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, interrompeu a sequência de três altas e fechou em baixa de 1,46%, a 50.144 pontos. Das 70 ações negociadas, 43 caíram, 25 subiram e duas se mantiveram inalteradas. Apesar da queda, a Bolsa fechou a semana –que teve três pregões– em alta de 0,99%. O dia foi de baixo volume na Bolsa: o giro financeiro foi de R$ 2,75 bilhões, bem abaixo da média de dezembro, que é de R$ 8,5 bilhões, segundo dados compilados até o dia 23. No ano, a média é de R$ 7,3 bilhões. A Petrobras foi o destaque negativo do dia. As ações preferenciais da empresa, as mais negociadas, encerraram o pregão com queda de 6,11%, a R$ 10,30. Os papéis ordinários, com direito a voto, fecharam com desvalorização de 6,19%, a R$ 9,85. "A Petrobras veio de três dias de fortes altas, mesmo com uma série de notícias negativas afetando a empresa, que teve sua nota de crédito colocada em revisão pela Moody's e está sendo processada nos Estados Unidos. Isso tudo pesa", afirma Fabio Leme, analista de renda variável da São Paulo Investments. A agência de classificação de risco Moody's colocou a nota de crédito Baa2 da Petrobras em revisão para possível rebaixamento. Esse é o passo anterior a um corte, o que significa que a agência vai analisar nas próximas semanas informações sobre a estatal que podem embasar uma redução. Com uma mudança assim, a petroleira passaria a ter nota Baa3 e ficaria a apenas um passo de perder o grau de investimento, espécie de selo de que a empresa é um boa opção para se investir. Hoje, a estatal está dois níveis acima pela escala da agência. A petrolífera também está sofrendo uma ação ação coletiva da cidade americana de Providence, capital do Estado de Rhode Island, em favor de investidores que compraram seus papéis. No processo, que foi iniciado numa corte de Nova York, a cidade de Providence representa investidores que se sentiram prejudicados pelos casos de corrupção que vieram à tona com as investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. 

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