segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

CONTRATO COM PLATAFORMAS DEU PREJUÍZO DE MEIO BILHÃO À PETROBRAS


Ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco é apontado pelo Tribunal de Contas da União como um dos responsáveis por um prejuízo de US$ 177 milhões (equivalente a R$ 458 milhões) à estatal, ao atuar junto à sua direção para um reajuste em favor de empresas contratadas para construir as plataformas P-52 e P-54. As prestadoras de serviço pleiteavam um acréscimo no valor dos contratos assinados entre 2003 e 2004 por um valor total de R$ 4 bilhões. No caso da P-52, a manobra representou perdas de ao menos US$ 92,3 milhões à estatal, segundo o TCU. Na P-54, de US$ 85 milhões. Barusco fez acordo de delação premiada e prometeu devolver R$ 250 milhões recebidos em propina. Após a Petrobras, ele foi diretor da Sete Brasil, controlada pelo banco BTG Pactual, que fornece plataformas à petroleira. O banco é de propriedade de André Esteves, muito ligado ao ex-presidente Lula. Uma das beneficiadas pelo acréscimo foi um braço do Grupo Setal, que está entre os integrantes do cartel que pagava suborno em troca de contratos com a Petrobras, conforme as investigações da Polícia Federal na Operação Lava Jato. Dois de seus executivos – Julio Camargo e Augusto Ribeiro, ambos da empresa Toyo Setal– firmaram acordos de delação premiada. Embora ocupasse uma gerência, Barusco tinha poderes para atuar junto à diretoria. Foi ele que analisou a demanda das prestadoras de serviço e deu parecer favorável pela área de engenharia. Outros setores, como o departamento jurídico, também deram aval. A diretoria, então, aprovou a correção. Barusco não é o único dirigente respondendo ao processo. O presidente da companhia à época, o petista José Sérgio Gabrielli, e toda a diretoria, inclusive o petista Renato Duque, Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, constam como responsáveis pela decisão. 

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