quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Delator do Petrolão pode explicar a venda criminosa de poços de petróleo na África


Intrigam a força-tarefa da Operação Lava Jato os detalhes da venda de poços de petróleo da Petrobras, na África, para o banco BTG Pactual, em 2013. Em sua delação premiada, o ex-gerente Pedro Barusco, que vai devolver US$ 100 milhões em propinas, deve contar tudo. A estatal vendeu 50% dos direitos dos poços por US$ 1,5 bilhão. Para o Tribunal de Contas da União, valiam US$3,5 bilhões. Após a Petrobras, Barusco foi diretor da Sete Brasil, do BTG, que fornece plataformas à petroleira. A Petrobras vendeu poços na Tanzânia, Angola, Benin, Gabão e Namíbia. Na Nigéria, já há dois produzindo e um em desenvolvimento. A justificativa para a redução do preço dos poços da Nigéria foram “potenciais riscos políticos, tributários e regulatórios”. Lorota. Os riscos regulatórios, claro, não se concretizaram: os poços africanos já pagaram dividendos no valor de US$ 300 milhões aos seus donos. O líder do PSDB, deputado Antônio Imbassahy (BA), quer explicações: “Esse caso da África é muito parecido com o de Pasadena”, comparou.

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