segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Justiça Federal no Paraná aceita as denúncias contra executivos da empreiteira OAS


O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, determinou nesta segunda-feira a abertura de ação penal contra executivos da construtora OAS, incluindo o presidente da empresa, José Aldemário Pinheiro Filho. Também foram denunciados o diretor da Área Internacional, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, o diretor financeiro, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, e os funcionários José Ricardo Breghirolli, Fernando Augusto Stremel Andrade, João Alberto Lazzari. Além do grupo da OAS, são acusados o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e seu funcionário Waldomiro de Oliveira. Todos responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. De acordo com o magistrado, há indícios de que eles participavam do esquema do Petrolão, escândalo que movimentou pelo menos 10 bilhões de reais nos últimos anos por meio de fraudes em licitações na Petrobras e pagamento de propina. “Em relação aos agentes da OAS, há diversas razões especificadas na denúncia para a imputação, como os depoimentos dos colaboradores, o envolvimento deles na celebração dos contratos fraudulentos, o fato de figurarem em comunicações eletrônicas com o grupo dirigido por Alberto Youssef ou o próprio resultado da busca e apreensão", diz o juiz, segundo quem em decorrência do esquema criminoso, os dirigentes da OAS destinaram pelo menos cerca de 1% sobre o valor dos contratos e aditivos da Diretoria de Abastecimento da Petrobras. De acordo com Sérgio Moro, além das revelações colhidas em acordos de delação premiada, como os celebrados pelo doleiro Alberto Youssef e pelo próprio Paulo Roberto Costa, “há prova documental dos contratos celebrados entre as empresas do Grupo OAS e as empresas controladas por Alberto Youssef, com a realização de depósitos vultosos sem aparente causa econômica lícita, e que bastam para conferir, nessa fase, credibilidade à denúncia”. Esta é a segunda denúncia aceita pelo juiz Moro em relação a empreiteiras na sétima fase da Lava Jato, conhecida como Juízo Final. Na semana passada, o magistrado acolheu a acusação contra executivos da empreiteira Engevix. 

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