domingo, 7 de dezembro de 2014

Kalashikov russa relança o fuzil AK47, o preferido do terrorista Bin Laden, como uma "arma do povo"

Não é fácil fazer a promoção do fuzil russo Kalashnikov, a arma que o terrorista Osama bin Laden carregava a tiracolo, e que também faz parte do logotipo de organização terrorista palestina Hezbollah. Mesmo assim, o conglomerado industrial russo Rostec, que produz o modelo AK-47, está iniciando uma ação de "reposicionamento de marca" para afastar a imagem negativa. A ação envolverá vídeos de tom patriótico e fotos de militares atléticos empunhando a arma. Os responsáveis pela divulgação não tentam esconder que, como arma, o fuzil tem entre seus objetivos a morte e a guerra. Mas, para pessoas envolvidas na promoção, como Grigór Bodalián, Kalashnikov também representa a igualdade de oportunidades: "É uma arma do povo. Pela primeira vez na história, as pessoas tiveram a chance de lutar em igualdade. Não apenas soldados com treinamento, mas também camponeses e mulheres". Mas o aspecto negativo será difícil de combater na marra. O AK-47 é considerado a arma de infantaria mais difundida no mundo, com 100 milhões de fuzis em uso. No início deste mês, a Rostec divulgou plano para 2020 que prevê elevar suas vendas globais em até quatro vezes. A empresa cita a região Ásia-Pacífico e a África como novos mercados. A invenção do AK-47, em 1947, é um momento decisivo na história da guerra. Seu design simples, eficiente e barato motivou sua adoção em exércitos ao redor do mundo, derrubando rivais menos versáteis no caminho. "O Avtomat Kalashnikova refinou o conceito de fuzil de assalto. Os fuzis desse tipo são fáceis de operar, necessitam pouca manutenção para permanecer funcionais e podem ser produzidos utilizando maquinário relativamente rudimentar", diz Nic Jenzen-Jones, especialista em armas militares e diretor do Armament Research Services. 

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