quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Procurador Geral da República diz que abertura de inquéritos contra políticos do Petrolão ficarão para 2015


Os políticos envolvidos no megaesquema de corrupção operado na Petrobras, descoberto a partir da Operação Lava Jato, só serão denunciados ou investigados em fevereiro do ano que vem. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai esperar a volta do recesso do Judiciário para encaminhar ao Supremo Tribunal Federal os pedidos de abertura de inquérito contra parlamentares e autoridades citados nas delações do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef. O Poder Judiciário entra em recesso nessa sexta-feira, e o STF permanecerá em esquema de plantão até o dia 31 de janeiro. Nesse período, só são tomadas decisões em medidas urgentes pelo ministro em plantão. Por isso, Janot vai levar os inquéritos ou eventuais denúncias - se não for necessária investigação - contra os políticos apenas em fevereiro. Ele já havia informado que, com a análise das delações de Youssef e Paulo Roberto Costa, já tinha elementos suficientes para pedir ao STF o "desmembramento" dos casos. Permanecerão no Supremo inquéritos contra parlamentares, autoridades com prerrogativa de foro e casos em que a atuação no esquema estiver diretamente ligada aos políticos. A delação de Alberto Youssef já foi encaminhada pelo Procurador Geral da República ao relator da Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki. Cabe ao ministro homologar a delação, assim como fez no caso de Paulo Roberto Costa. Nas delações feitas em Curitiba (PR), Costa e Youssef citaram "dezenas" de parlamentares, segundo o próprio ex-diretor. Eles relataram repasses para políticos como os senadores petistas Gleisi Hoffmann (PR) e Humberto Costa (PE), além de partidos como PP e PMDB e do tucano Sérgio Guerra, que morreu em março. A Polícia Federal também interceptou diálogos entre Youssef e os deputados André Vargas (sem partido-PR) e Luiz Argôlo (SD-BA).

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