quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Petróleo fecha abaixo de US$ 60,00 pela primeira vez em cinco anos


A cotação do petróleo continuou caindo nesta quinta-feira e, nos Estados Unidos, os preços recuaram abaixo de 60 dólares por barril pela primeira vez em mais de cinco anos. A expectativa de que bancos centrais ao redor do mundo lancem mais estímulos econômicos e os dados positivos da economia americana divulgados nesta quinta-feira, a princípio, mantiveram o petróleo acima de 60 reais por barril. Mas não demorou muito para que a commodity retomasse o movimento de queda. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos com vencimento em janeiro fecharam cotados a 59,95 dólares por barril, em baixa de 1,62%, o menor preço de fechamento para o contrato mais ativo desde 14 de julho de 2009. O Brent para o mesmo mês negociado na Intercontinental Exchange (ICE) recuou 0,87%, para 63,68 dólares por barril. Com o petróleo a 60 dólares por barril, analistas já consideram a possibilidade de queda até 40 dólares. Na quarta-feira, a Opep divulgou relatório prevendo que a demanda pelo petróleo produzido pelos 12 países membros do grupo deverá ficar em 28,9 milhões de barris por dia em 2015, de 29,4 milhões de barris por dia estimados para este ano. A Opep também informou que sua produção ficou em 30,05 milhões de barris por dia em novembro, pouco acima de sua meta de 30 milhões de barris/dia, com redução de 390,1 mil barris/dia em relação a outubro. "Obviamente, há um vigor persistente no setor de produção. Esse processo continua a alimentar a si mesmo", disse John Kilduff, da Again Capital. Para Jack Rivkin, da Altegris Advisors, mesmo que as empresas norte-americanas reduzam seus investimentos em produção adicional, isso não terá impacto imediato na oferta global do produto. "Enquanto isso, todo mundo concorda com uma posição, a de que é preciso haver renda. Será necessária uma melhora na economia global para estabelecer um patamar para os preços", acrescentou. O petróleo Brent caiu quase pela metade desde que atingiu um pico, em junho, acima 115 dólares por barril, com a produção crescente dos Estados Unidos e o fraco crescimento da demanda, que geraram um excedente de oferta que o maior exportador de petróleo do mundo não está disposto a reduzir. O ministro do Petróleo saudita, Ali al-Naimi, descartou suposições de que o país poderia cortar a produção, dizendo que a extração se manteve constante no último mês.

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