segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Polícia Federal aperta o cerco sobre Vaccari Neto, tesoureiro do PT; cunhada é apontada como pombo-correio da corrupção na Petrobrás

O Jornal Nacional apresentou documentos obtidos com exclusividade pela Rede Globo e que citam a cunhada do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, como suposta destinatária de dinheiro do esquema de corrupção da Petrobras. O material faz parte das investigações da Operação Lava Jato. Os documentos mostram uma negociação entre o doleiro Alberto Youssef e um funcionário da empresa OAS, em que o endereço da cunhada de Vaccari aparece como destino de uma entrega. Os repórteres do jornal procuraram a cunhada, Marice Correia Lima, que chegou a ser chamada pela Polícia Federal para depoimento. Ela não foi trabalhar em um aparelho sindical controlado pelo PT, mas acabou sendo localizada em casa e não quis falar. Vaccari Neto, que pode ser preso a qualquer momento, foi aplaudido e homenageado pelo PT no Ceará, no sábado passado, considerado mais um "herói do povo brasileiro". Um organograma feito pela Polícia Federal explica a movimentação do dinheiro de Youssef para a empreiteira OAS. Segundo a Polícia Federal, o funcionário da empresa José Ricardo Breghirolli, preso na operação, orienta Youssef a levar os valores para um endereço específico, o da cunhada de Vaccari, Marice Correa de Lima. O relatório dá detalhes da negociação. Segundo os investigadores, o documento mostra entregas de dinheiro feitas por Youssef em várias cidades do País. No dia 14 de novembro, data do início da sétima fase da Lava Jato, Marice Correa de Lima foi levada para prestar depoimento na Polícia Federal, em São Paulo. Nele, ela confirma que mora no endereço citado na mensagem do funcionário da OAS para Alberto Youssef. Ela também disse que tem pouco contato com o cunhado, João Vaccari. Diz ainda que desconhece as pessoas citadas pelos investigadores e nega que tenha sido entregue qualquer coisa a ela. João Vaccari, cunhado de Marice, tem negado qualquer envolvimento com o esquema do doleiro Alberto Youssef e com as irregularidades na Petrobras.

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