quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Reunião nesta quinta-feira poderá promover a volta dos motores V8 na Fórmula 1


Os motores V6, que passaram a ser usados na F-1 no início desta temporada, podem estar com seus dias contados. Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da categoria, acredita que a volta dos propulsores V8 ou até mesmo dos V10 seria a melhor maneira de cortar os cada vez mais altos gastos das equipes. Justamente por isso, pretende propor uma nova mudança no regulamento na questão dos motores nesta quinta-feira em reunião do Grupo Estratégico da F-1, que é composto pelas cinco equipes grandes (Ferrari, McLaren, Mercedes, Red Bull e Williams), além da sexta colocada no Mundial deste ano, a Force India. "Reconhecemos que o maior problema que as equipes estão tendo ultimamente é a quantidade de dinheiro que eles têm de gastar com as unidades de potência", afirmou o dirigente inglês. Só neste ano, dois times quebraram por conta dos gastos elevados para se manter na F-1: Marussia, que fechou as portas em novembro, e Caterham, que ainda busca um novo investidor disposto a comprar a equipe para se manter na categoria em 2015. E, a maior reclamação dos times pequenos é com os custos relacionados aos motores por conta do regulamento que entrou em vigor nesta temporada. Estima-se que as equipes aumentaram seus gastos de cerca de 5 milhões de libras (aproximadamente R$ 21 milhões) com os motores V8 para 20 milhões (cerca de R$ 84 milhões) com os V6 turbo. "Acredito que se tivermos todos numa mesma sala e fizermos uma votação secreta, só haverá uma empresa interessada em manter as coisas como estão e obviamente é a Mercedes. Mas não podemos culpá-los porque eles fizeram um super trabalho neste ano e os outros não, então eles têm uma grande vantagem", afirmou Ecclestone em referência ao domínio da equipe alemã neste ano. Das 19 etapas, a Mercedes venceu 16. Fez ainda 18 poles e viu a Williams, que é equipada com os propulsores da fornecedora alemã, cravar a outra. Não à toda, venceu com facilidade os Mundiais de Pilotos e Construtores de 2014. "Isso é bom para a F-1? Não acho, pois podemos colocar todo nosso dinheiro e apostar que eles vão vencer o campeonato no ano que vem e provavelmente no seguinte, o que não é o que estamos buscando no esporte. Vou propor, no próximo encontro, para voltarmos aos motores normais, aspirados, com algumas partes híbridas", disse. Segundo Ecclestone, sua idéia é que a volta, se aprovada, aconteça já no campeonato de 2016: "Esta é minha idéia. Ninguém pode fazer nada com os motores que temos hoje em dia a não ser gastar um monte de dinheiro". No encontro desta quinta-feira também deve ser discutida a queda na popularidade da categoria e maneiras de aproximar mais o público da F-1.

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