sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Standard & Poor's rebaixa nota de risco da empresa AES Sul

A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou nesta quinta-feira (11) as notas de crédito atribuídas na Escala Nacional Brasil à AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. ("AES Sul") de 'brAA-' para 'brA+', incluindo seu rating de crédito corporativo de longo prazo. Também foram rebaixados os ratings de curto prazo da empresa na mesma escala de 'brA-1' para 'brA-2'. A perspectiva do rating de crédito de emissor de longo prazo foi alterada de "estável" para "negativa". "Ao mesmo tempo, rebaixamos de 'brAA-' para 'brA+' o rating atribuído à segunda emissão de debêntures da AES Sul e de 'brA-1' para 'brA-2' o rating de curto prazo de sua segunda emissão de notas promissórias", diz a agência em nota. De acordo com a Standard & Poor's, o rebaixamento dos ratings da AES Sul leva em consideração a estratégia agressiva de financiamento da empresa para fazer frente às necessidades de capital de giro, baseadas em dívidas de curto prazo, que levou a uma deterioração em sua posição de liquidez: "A maior necessidade de capital de giro da empresa foi ocasionada pela exposição involuntária aos preços elevados do mercado spot e também pelo atraso em receber da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) os ressarcimentos pelos descontos incidentes sobre as contas de luz dos clientes rurais e de baixa renda durante o ano de 2014". Também nesta quinta-feira, a Standard & Poor's elevou a nota da Lupatech na escala global, de 'CCC-' para 'CCC', após reavaliar sua qualidade de crédito. A Lupatech é empresa brasileira fornecedora de produtos e serviços para o setor de petróleo e gás. A companhia concluiu em 30 de setembro de 2014 seu programa de reestruturação, o que contribuiu para essa elevação. Também foram elevados os ratings na Escala Nacional Brasil, de 'brCCC-' para 'brCCC'". No início de dezembro, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou o rating individual da Petrobras, medido pelo critério BCA (Baseline Credit Assessment), de Baa3 para Ba1. A agência cita a possibilidade de algum problema pontual de caixa da empresa em meio às investigações da operação Lava Jato da Polícia Federal. Essa nota não é a avaliação global de emissor da companhia, principal referência para o mercado, mas representa o risco de gestão da empresa desconsiderando o suporte de seu maior acionista, o governo brasileiro, segundo a agência. O rating (nota) global de emissor da Petrobras foi mantido em Baa2, com perspectiva negativa. A Eletrobras, principal geradora estatal de energia, também teve a sua avaliação individual de risco (nota que desconsidera o controlador; no caso, o governo brasileiro) rebaixada pela agência americana Standard & Poor's de classificação de risco. A alegação da agência foi uma piora no seu endividamento.

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