terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A passagem de Jorge Gerdau pelos governos do PT terminou de modo melancólico, como se nunca tivesse existido


Do jornalista Políbio Braga - Neste início de mandato da presidente Dilma Roussef, o industrial Jorge Gerdau nem parece mais o mesmo homem que na cerimônia de posse do primeiro mandato de Lula costeou o alambrado do Palácio do Planalto para implorar por um pouco de atenção e festejar a nova aurora do Brasil. É que ele não esteve no Congresso, não foi à recepção no Planalto e sequer esteve entre os convidados mais vistosos da cerimônia de posse do novo ministro da Fazenda. O desprestígio de Jorge Gerdau no governo federal é visível e decorre muito mais da parte podre das companhias que escolheu dentro do PT. Nos últimos meses, o presidente do Conselho de Administração do grupo Gerdau perdeu o cargo que tinha como conselheiro da Petrobrás, condição que o coloca como testemunha voluntária ou involuntária das malfeitorias levadas a efeito pela organização criminosa em que se transformou a estatal, bem sob seus atentos olhos e bem azeitados ouvidos. O resultado é que Gerdau é citado numa das ações já intentadas contra a Petrobrás, a de Providence, Estados Unidos. Pior ainda foi o modo melancólico como deixou a presidência da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Produtividade, instalada com pompa e circunstância por Dilma, que contava ter ali algo semelhante aos sucessos que Jorge Gerdau conseguiu nos governos estaduais e municipais que aderiram aos princípios do Movimento Brasil Competitivo, iniciado em Porto Alegre com o Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade. A Câmara não sobreviveu a Gerdau, desmanchando-se no ar como se nunca tivesse existido. Só o dr. Jorge não sabia que gestão, desempenho e produtividade são palavrões no âmbito das reduzidas opções linguísticas usadas pela cartilha petista. A passagem do líder industrial gaúcho pelos governos Lula e Dilma foi melancólica e terminou de modo patético. Isto tudo serve de lição para os empresários que conciliam com os interesses dos delinquentes políticos que querem destruí-los, como já se viu antes em Cuba, na Rússia e na Venezuela, apenas para citar três exemplos mais recentes.

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