quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Advogados da Camargo Corrêa pedem anulação da Operação Lava Jato

Os advogados da construtora Camargo Corrêa, em defesa protocolada em ação penal da Operação Lava Jato nesta quarta-feira (28), pedem a anulação da investigação que apura desvios de recursos da Petrobras. Os representantes da empresa dizem que as interceptações telefônicas que deram origem à investigação, feitas em 2013 pela Polícia Federal, não cumpriram todas as exigências legais. O presidente da empreiteira, Dalton dos Santos Avancini, e o presidente do conselho de administração, João Ricardo Auler, continuam presos na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. A estratégia é semelhante à usada por advogados defenderam réus em ações ligadas à Operação Castelo de Areia, anulada sob o mesmo argumento. "A interceptação telefônica teve por objetivo identificar condutas criminosas que não estavam sendo investigadas. Condutas de terceiros que não tinham nome, nem forma. Sequer tinham localização, já que poderiam estar em qualquer parte do território nacional", afirma trecho da defesa, feita pelo escritório do criminalista Celso Vilardi. "Mais do que isso. A medida foi decretada para identificar prática de quaisquer crimes, punidos com reclusão ou detenção, o que não pode ocorrer", conclui. Os advogados dos empreiteiros, do escritório do criminalista Celso Vilardi, argumentam que a defesa de Avancini e Auler está sendo cerceada porque nem todas as provas contra seus clientes estão nos autos da ação — citam, por exemplo, documentos que estão anexados a processos que correm em segredo de Justiça. "O que falta neste caso é paridade de armas", diz trecho do documento. Os executivos são acusados de participação no cartel de empreiteiras que formou um esquema de corrupção a partir de contratos com a Petrobras, por meio de fraudes em licitações e pagamentos de propina. Eles também são acusados de lavagem de dinheiro.

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