quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Aeronáutica finaliza relatório sobre desastre aéreo de Eduardo Campos


O comandante da Aeronáutica, brigadeiro-do-ar Juniti Saito, informou nesta terça-feira que até o fim do mês será divulgado o primeiro relatório sobre as investigações que envolvem a queda do jato que matou o ex-candidato à Presidência, Eduardo Campos, em agosto. De acordo com Saito, que participou da transmissão de cargo do novo ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apresentará nas próximas semanas as primeiras informações e recomendações sobre atragédia que matou sete pessoas em Santos, no dia 13 de agosto. Não é responsabilidade do Cenipa apontar os culpados pelo acidente aéreo, mas o documento deve evidenciar as causas que motivaram a queda da aeronave. As principais dificuldades das equipes de investigação, segundo Saito, são a ausência de sobreviventes, as péssimas condições da fuselagem do avião após a queda e o fato de as caixas pretas não terem gravado informações suficientes para esclarecer a tragédia. De acordo com o comandante da Aeronáutica, a caixa preta gravava apenas duas horas de informações de vôo e, em seguida, registrava novas informações sobre as antigas, o que dificultaria recolher dados úteis sobre o caso. No relatório a ser divulgado pelo Cenipa, o órgão de prevenção de acidentes aéreos fará recomendações para tentar evitar novos desastres com aeronaves de pequeno porte. Nos últimos dias foram colhidos depoimentos para tentar esclarecer as circunstâncias da morte de Eduardo Campos, apontar em que medida as condições climáticas podem ter levado à queda da aeronave e analisar as últimas informações trocadas entre o jato e o controle de tráfego aéreo. O jato Cessna 560XL (prefixo PR-AFA), da empresa paulista AF Andrade Empreendimentos e Participações, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, às 9h21 do dia 13 de agosto, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP). Quando a aeronave se preparava para o pouso, arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato.

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