sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

CANCELAMENTO DAS REFINARIAS PREMIUM QUEBRA EXPECTATIVA DA INDÚSTRIA BRASILEIRA E DEVE AGRAVAR CRISE NO SETOR DE ÓLEO E GÁS

Ao lado, o sonho do Pólo Naval do Jacuí, que virou fumaça por causa do Petrolão - Nesta reportagem do boletim Petronotícias, existem informações muito relevantes para a cadeia produtiva que de alguma forma está ligada ás obras e serviços da Petrobrás. A perda do contrato de US$ 700 milhões pela Iesa, (Charqueadas, Rio Grande do Sul), é apenas uma das pontas do iceberg. Nem se sabe ainda o que haverá com o Pólo Naval de Rio Grande. A maré negativa está deixando os empresários do setor de óleo e gás brasileiros sem novos horizontes. São tantas notícias ruins que fica difícil para os executivos e para as empresas se planejarem, num momento em que não só a economia nacional passa por agruras, como o principal motor da indústria de petróleo nacional, a Petrobrás, está no meio da maior crise de sua história. Agora, com a decisão da estatal de cancelar os projetos das refinarias Premium I, no Maranhão, e Premium II, no Ceará, assim como com a suspensão do segundo trem de refino da Rnest, o mercado perde as poucas esperanças que ainda tinha em novas obras no setor, restando pouquíssimos grandes empreendimentos em desenvolvimento no Brasil, quase todos focados no segmento offshore. A novidade é quase que um complemento, no mau sentido, da decisão da Petrobrás pela contratação de empresas estrangeiras para a construção dos módulos para os FPSOs replicantes, que antes estavam sendo feitos pela IESA. A consequência direta e indireta é o que pode haver de mais agravante para o futuro do Brasil: um esvaziamento contínuo da nossa engenharia, como já aconteceu no passado e deixou marcas profundas no País. O Petronotícias foi ouvir membros da indústria brasileira de petróleo e gás para saber como a notícia foi recebida e quais os impactos que ela deve gerar, na visão deles. Alguns executivos divergem um pouco da forma de encarar o assunto – com a lembrança de que a origem das refinarias Premium não partiu da área técnica da Petrobrás, mas sim de uma decisão política do Governo -, mas um sinal claro de como a informação foi recebida é que as palavras “péssima” e “ruim” estão entre as mais ouvidas nas respostas sobre o que acharam da decisão de cancelar os projetos. 

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