terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Corpo de "policial" da organização terrorista Estado Islâmico é encontrado decapitado


Um dos chefes da autodeclarada "força policial" do Estado Islâmico, que já tinha realizado as atrozes decapitações que constituem o assombroso modus operandi dos terroristas, teve a cabeça cortada no leste da Síria. Segundo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos, o corpo foi encontrado com sinais de tortura perto de uma usina na cidade de al-Mayadeen, na província de Deir-al-Zor. “Não sabemos se ele foi morto pelo Estado Islâmico, por pessoas da região ou por outros combatentes. De qualquer forma, o fato é relevante porque ele era um homem muito importante”, disse o diretor da organização, Rami Abdulrahman. O observatório, que tem sede na Grã-Bretanha, divulga informações colhidas a partir de uma rede de contatos na Síria. O homem era um cidadão egípcio conhecido como número dois da força al-Hesbah na província. Segundo a ONG, essa teria sido a primeira vez que um membro do al-Hesbah foi morto desta maneira. Desde setembro, uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos tem realizado ataques aéreos contra alvos do grupo terrorista na Síria e no Iraque. Moradores e ativistas afirmam que o Estado Islâmico já decapitou e apedrejou até a morte pessoas consideradas combatentes inimigos ou que agiram de forma que não segue sua interpretação radical do Islã. Adultério e blasfêmia estão entre as atitudes alvo de punição. Quatro homens foram acusados de blasfêmia e decapitados no oeste da Síria, em dezembro. O Observatório também informou que mais de vinte terroristas do EI morreram em combates em Kobane, cidade síria de maioria curda na fronteira com a Turquia. "Combates e emboscadas em Kobane mataram ao menos 24 membros do EI", afirmou a ONG. Ontem, a organização havia informado a retomada por parte dos combatentes curdos do chamado distrito de segurança de Kobane, onde está a sede do governo local. O Estado Islâmico lançou em meados de setembro uma ofensiva contra a cidade e esteve a ponto de conquistá-la, mas os combatentes curdos e a coalizão internacional conseguiram deter o avanço dos jihadistas e reconquistar parte do território perdido.

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