quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Dívida pública brasileira subiu 8,15% em 2014 e alcançou R$ 2,29 trilhões no regime petista


O estoque da dívida pública federal (DPF), que inclui a dívida interna e externa do governo, subiu para 2,295 trilhões de reais em 2014 - uma alta de 8,15% em apenas um ano, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério da Fazenda. Em valores brutos, o acréscimo foi de 173,089 bilhões de reais, resultado que foi impulsionado pelo processo de alta da Selic e pelos aportes do Tesouro Nacional aos bancos públicos. Em 2013, o estoque estava em 2,122 trilhões de reais. Além do custo mais alto da dívida por conta do aperto monetário e das incertezas que marcaram o ano passado, a dívida sofreu, principalmente, com as emissões de títulos feitas pelo Tesouro para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em 2014, o Tesouro emprestou ao banco de desenvolvimento 60 bilhões de reais. Em dezembro, o Tesouro também emitiu 1 bilhão de reais para o banco da Amazônia (Basa). O Tesouro Nacional encerrou 2014 dentro dos parâmetros estabelecidos para a DPF, depois de ter passado quase todo o ano com a participação dos títulos prefixados e dos remunerados pela Selic fora das bandas. O valor da DPF fechou dentro da banda do Plano Anual de Financiamento (PAF), de 2,170 trilhões e 2,320 trilhões de reais. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 7,32% e fechou dezembro em 2,183 trilhões de reais. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,83% maior, somando 112,29 bilhões de reais no final do ano passado. Os estrangeiros reduziram a aquisição de títulos do Tesouro Nacional no fim do ano passado. A participação dos investidores estrangeiros no estoque da DPMFi caiu de 20,07% em novembro de 2014 para 18,64% em dezembro, somando 406,96 bilhões de reais do total do estoque, conforme o Tesouro Nacional. A categoria das instituições financeiras teve elevação na participação do estoque da DPMFi de 27,26% para 29,77%. Os Fundos de Investimentos reduziram a fatia de 20,63% em novembro para 20,28% em dezembro de 2014. Já as seguradoras tiveram redução na participação de 4,17% para 4,09%. A parcela de títulos prefixados na DPF fechou 2014 em 41,58%, dentro da banda estipulada pelo governo entre 40% e 44% do estoque. Em 2013, a fatia era de 42,02%. A parcela correspondente aos papéis indexados à inflação representou 34,91%, também dentro do mínimo de 33% e o máximo de 37% estabelecido pelo Tesouro. Já os papéis corrigidos pela Selic corresponderam a 18,66% da dívida total em 2014, ante 19,11% verificado um ano antes. O resultado ficou dentro da meta de 14% a 19% para o período. Ainda segundo o Tesouro, a fatia dos títulos da dívida brasileira corrigida pelo câmbio foi de 4,85% em 2014, abaixo do resultado do ano anterior, de 4,35%, e dentro da banda entre 3% e 5% do ano passado.

Um comentário:

Cristiano disse...

SIMPLES: IMPRIMA BASTANTE DINHEIRO PARA PAGAR DÍVIDA E O DÓLAR IRÁ PARA 10 REAIS. DEPOIS ESPERA-SE 5 ANOS PARA O DÓLAR VOLTAR A 1,90.