sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

França, Alemanha e Bélgica prendem quase 29 em operações antiterrorismo

As polícias da França, Alemanha e da Bélgica prenderam 29 suspeitos em operações antiterrorismo nesta sexta-feira (16), enquanto as autoridades européias corriam para evitar mais ataques de cidadãos com vínculos com extremistas islâmicos no Oriente Médio.

Rob Wainwright, o chefe da agência policial Europol, disse que frustrar os ataques terroristas se tornou “extremamente difícil” porque de 2.500 a 5.000 extremistas muçulmanos radicalizados têm pouca estrutura de comando e estão cada vez mais sofisticados. Como exemplo dos temores que atingem o continente, um alerta de bomba forçou Paris a esvaziar a lotada estação de trem de Gare de l’Est durante o horário de rush da manhã. Nenhuma bomba foi encontrada. Visitando Paris nesta sexta-feira, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, reuniu-se com o presidente francês, o socialista François Hollande, e visitou os lugares do ataque contra o jornal “Charlie Hebdo” e contra o mercado kosher. Três terroristas deixaram 17 mortos antes de serem abatidos pela polícia há uma semana.
Autoridades francesas e alemãs prenderam nesta sexta-feira 14 suspeitos de terem vínculos com a facção radical Estado Islâmico. Em uma operação belga, outros 13 foram detidos na Bélgica e dois na França em uma operação antiterror que se seguiu a um tiroteio na quinta-feira (15) em Verviers, no leste do país. Dois suspeitos de terrorismo foram mortos e um terceiro homem foi preso na batida policial contra um suposto esconderijo terrorista.
Segundo Eric Van der Sypt, da Procuradoria Federal, os suspeitos planejavam lançar em horas um ataque para matar policiais nas ruas e em delegacias. As autoridades belgas procuram mais suspeitos nesta sexta-feira e encontraram quatro armas militares, incluindo rifles de assalto Kalashnikov, em mais de dez ações, disse Sypt. “Não posso confirmar que tenhamos prendido todos nesse grupo”, afirmou. As autoridades belgas não deram detalhes sobre as pessoas detidas ou sobre as mortas, mas disse que a maioria é de cidadãos do país. Segundo as autoridades, os alvos de sua repressão não têm conexão com os ataques da semana passada na região de Paris. Por Reinaldo Azevedo

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