sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Governo petista de Dilma Rousseff atrasa o pagamento das bolsas de pós-gradução da Capes

Alunos de pós-graduação que são financiados com recursos da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) estão com as bolsas de estudo atrasadas. Os atrasos são raros, mas afetam muitos estudantes, de todo o País. Os bolsistas dependem do dinheiro para pagar as contas. Para receber a bolsa, muitos têm que se dedicar exclusivamente à pesquisa, diz Tamara Naiz, presidente da Associação Nacional dos Pós-Graduandos. É o caso, por exemplo de Diego de Melo, 28, doutorando em Zootecnia pela Universidade Federal do Ceará desde 2010. "Eu e todos os meus colegas de mestrado e doutorado bolsistas Capes, até hoje, 9 de janeiro, não recebemos as nossas bolsas", diz. Tamara também conta que a bolsa – que não tem um mecanismo de reajuste anual – teve seu último aumento em 2013 e que o reajuste daquele ano não teria compensado as perdas para a inflação, fazendo com que o benefício tenha se desvalorizado ao longo dos anos. As bolsas de mestrado e doutorado pagas pela instituição são de R$ 1.500,00 e R$ 2.200,00 mensais, respectivamente. "Os pós-graduandos estão envolvidos em 90% das pesquisas feitas no País. Sem o pós-graduando não há pesquisa nem desenvolvimento científico no Brasil", diz Tamara. "A bolsa de novembro, que foi paga em dezembro, também atrasou. Recebi com dois dias de atraso. No mês passado não pagaram todos de uma vez: foi aos poucos", conta Thatiane Oliveira, pós-doutoranda da UFMG, que estuda o prejuízo cognitivo causado pela falta de vitaminas. Ela conta ter um amiga com bolsa da Capes no Exterior que também está sofrendo com o atraso: "Eu ainda tenho o suporte de família e amigos. E ela que está lá sozinha?" "Eu não pretendo continuar morando em um país que não me valoriza. Não temos direito nem a 13º nem férias", diz Thatiane. O MEC, ao qual a Capes é ligada, reconheceu o problema: "A legislação referente a este beneficio estabelece o quinto dia útil do mês, portanto ontem (08/01), para o pagamento. O MEC trabalha junto ao Ministério da Fazenda para regularizar o fluxo financeiro e solucionar o problema". 

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