terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Iniciativa privada é “quem toca a banda” no Brasil, diz Levy

Na VEJA.com: Em café da manhã com jornalistas, em Brasília, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, manifestou sua intenção de reforçar para o mundo que o Brasil adotará uma nova política econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). O ministro afirmou que deve participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, com o objetivo de levar ao mundo a mensagem de que “o Brasil é uma economia que tem grandes recursos e com mudanças na sua política econômica”. Levy ainda reforçou que o País é uma economia de mercado, em que a iniciativa privada “é quem toca a banda”. Levy fez uma comparação do segundo mandato de Dilma a um segundo tempo de jogo de futebol. “A gente vai acertar o jogo no segundo tempo para fazer uma analogia com o futebol. Precisamos sair do zero a zero e arrumar no segundo tempo para começar a fazer gol”, disse. O ministro da Fazenda também voltou a admitir que o governo poderá fazer alguns ajustes na área tributária. No entanto, afirmou que um eventual aumento de impostos será compatível com o crescimento da poupança nacional e com o impacto nas decisões das famílias. Ao tratar do tema, Levy descartou que o governo prepara um “saco de maldades” ou pacote de medidas com o objetivo de promover a retração econômica.  Segundo ele, o governo tem limitação de gastos e está promovendo ajustes para preservar direitos e corrigir distorções e excessos. Ele citou as reformas em benefícios trabalhistas e previdenciários encaminhadas ao Congresso e que devem trazer uma economia de 18 bilhões de reais este ano. “Essas distorções geram dispêndios e acabam com a capacidade de incluir outros direitos”, justificou. Na ocasião, o ministro também confirmou que o Tesouro Nacional não fará mais um aporte de despesas orçamentárias de 9 bilhões de reais para Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e afirmou que não pretende “neste momento” mudar as alíquotas do Imposto de Renda (IR). Além disso, Levy também afirmou que o governo quer trazer a dívida pública bruta para a faixa de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) no longo prazo. A dívida bruta em novembro, dado mais recente disponível, representava 63% do PIB.

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