quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Itamaraty diz que "acompanha" caso de brasileiro condenado à morte na islâmica Indonésia

O Ministério das Relações Exteriores informou hoje (15) que o governo continua “acompanhando estreitamente” o caso do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, preso desde 2003 na islâmica Indonésia por tráfico de drogas, que pode ser executado por fuzilamento neste sábado (17), segundo informam jornais indonésios e australianos. Apesar de o ex-presidente e alcaguete Lula (ele delatava companheiros para o Dops paulista durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de reputações") e a presidente petista Dilma Rousseff terem enviado cartas ao presidente da Indonésia, pedindo reversão da sentença, desde que Marco Archer foi condenado à pena de morte, o governo brasileiro ainda avalia as possibilidades abertas. “O governo brasileiro continua mobilizado, acompanhando estreitamente o caso, e avalia todas as possibilidades de ação ainda abertas. De modo a preservar sua capacidade de atuação, o governo brasileiro manterá reserva sobre as decisões tomadas”, informou, em nota, o inútil Itamaraty. De acordo com as leis da islâmica Indonésia, a única forma de reverter uma sentença de morte é se o presidente do país aceitar um pedido de clemência. O brasileiro trabalhava como "instrutor de vôo livre" e foi preso em agosto de 2003, quando tentou entrar na Indonésia, pelo aeroporto de Jacarta, com 13,4 quilos de cocaína escondidos em uma asa delta desmontada em sete embalagens. Marco Archer ainda conseguiu fugir do aeroporto, mas foi localizado após duas semanas, na ilha de Sumbawa. Ele confessou o crime e disse que recebeu US$ 10 mil para transportar a cocaína de Lima, no Peru, até Jacarta. No ano seguinte, ele foi condenado à morte. A primeira vez que o governo brasileiro pediu clemência para Archer foi em marco de 2005, quando o então presidente e alcaguete Lula (ele delatava companheiros para o Dops paulista durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de reputações") enviou carta ao presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono. Apesar de não desconhecer a gravidade do delito cometido, Lula X9 apelou ao sentimento de humanidade e amizade do presidente indonésio. Em 2012, a presidente petista Dilma aproveitou um encontro bilateral com o presidente Yudhoyono, à margem da 67ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, e entregou nova carta apelando para que o brasileiro não seja punido com a pena de morte. Yudhoyono, no entanto, não atendeu aos pedidos, e o atual presidente, Joko Widodo, que assumiu o cargo em 2014, é considerado ainda mais rígido em relação ao combate às drogas, já tendo afirmado que rejeitará todos os pedidos de clemência das 64 pessoas condenadas à morte no país por crimes relacionados com drogas. Archer pode ser o primeiro brasileiro executado por crime no Exterior. De acordo com o jornal australiano The Sidney Morning Herald, o advogado do brasileiro, Utomo Karim, disse que ele está em estado de choque e com medo. Segundo Karim, Archer apelou ao Consulado do Brasil em Jacarta para que o governo brasileiro faça todo o possível para que ele não seja morto. Outro brasileiro, Rodrigo Gularte, de 42 anos, também está no corredor da morte na Indonésia, por tentar entrar no país, em julho de 2004, com seis quilos de cocaína escondidos em uma prancha de surfe. De acordo com o último levantamento do Itamaraty, havia 3.209 brasileiros presos no Exterior até o fim de 2013.

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