quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Justiça condena médicos e empresários por envolvimento com máfia das próteses


A Justiça Federal no Rio Grande do Sul condenou sete pessoas pelo crime de improbidade administrativa no Setor de Órteses e Próteses do Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre. Com a decisão, dois médicos, três servidores públicos e dois empresários terão de devolver mais de R$ 5 milhões aos cofres públicos. A decisão é em primeira instância e ainda cabe recurso. A fraude foi descoberta em 2002, mas o processo foi iniciado apenas em 2005. O Ministério Público Federal (MPF) acusou os envolvidos de lucrarem ilegalmente com a colocação de próteses. Segundo a Justiça, houve superfaturamento nas aquisições de produtos fora da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). Os valores eram superiores aos praticados em outros hospitais. Também foi constatado que os médicos autorizavam pagamento de material não utilizado nos pacientes durante os procedimentos. O Ministério Público Federal denunciou os médicos Ladimir Kosciuk, ex-chefe do Setor de Próteses do Hospital Cristo Redentor, e Jorge Schreiner, ex-gerente de internação, os ex-servidores Sayonara Goretti Mariu Lodeyro, Gasparita Clarete Mariu Lodeyro e Marivaldo da Silva, além dos empresários André Luís Silva de Souza e Eduardo Alves Costa. Conforme o Ministério Público Federal, os médicos, com auxílio dos servidores, trabalhavam para favorecer os empresários na aquisição de material nos procedimentos licitatórios.

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