quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Mercedes Benz confirma a demissão de 260 trabalhadores na fábrica de São Bernardo do Campo


A Mercedes-Benz confirmou na tarde desta quarta-feira a demissão de 260 trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Desse total, 160 foram desligados por iniciativa da empresa e outros 100 por meio do Programa de Demissão Voluntária (PDV) aberto pela montadora no final do ano passado. O número é maior do que as 244 demissões informadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista. Em nota à imprensa, a montadora afirma que utilizou todas as "ferramentas legais e negociáveis de flexibilização" para preservar a sua força de trabalho. Segundo a Mercedes Benz, foram adotados licença remunerada, férias coletivas e individuais, banco de horas individual e coletivo, semanas com quatro dias de trabalho, redução para um turno, PDVs e lay-offs (suspensão temporária dos contratos de trabalho) e interrupção da produção em dezembro. A empresa afirma que prorrogou o lay-off para cerca de 750 colaboradores de São Bernardo do Campo e de 170 da fábrica de Juiz de Fora (MG) até 30 de abril. "Dessa vez, com os custos totalmente assumidos pela empresa", diz. A montadora informa ainda que, apesar do cenário de queda da produção, mantém os investimentos de R$ 730 milhões anunciados para as duas fábricas entre 2015 e 2018, "para assegurar a competitividade da companhia". Em protesto contra as demissões, trabalhadores do turno da manhã da fábrica da Mercedes Benz em São Bernardo resolveram paralisar as atividades por 24 horas. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informa que a paralisação é um "aviso" à diretoria da fábrica e que os funcionários pretendem conversar ainda nesta quarta sobre as demissões. 

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