segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Michel Temer admite que mudança trabalhista foi deliberada antes da eleição; ou seja, ele admite o deliberado estelionato eleitoral petista


O vice-presidente da República, Michel Temer, presidente nacional do PMDB, admitiu nesta segunda-feira que o pacote de endurecimento de regras para a concessão de benefícios como o seguro-desemprego foi deliberado antes da campanha eleitoral do ano passado. Ou seja, ele admitiu o deliberado estelionato eleitoral petista. Mas saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff, negando que ela tenha mentido durante a corrida eleitoral – a petista, mesmo já trabalhando em um pacote de ajustes, insinuava que seus adversários pretendiam alterar a legislação que garante direitos trabalhistas. Questionado se as alterações anunciadas teriam sido discutidas antes da eleição, afirmou: “Os ajustamentos começaram a ser examinados no passado e agora vão ser implementados”. E prosseguiu: “São variações mais do que naturais”. Temer participou de debate na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na capital paulista. Reportagem desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo informa que os ajustes começaram a ser traçados antes das eleições. Ainda em agosto, o governo reduziu em 8,8 bilhões de reais a previsão de gasto com o abono salarial para 2015 – como consta no Projeto de Lei Orçamentária Anual deste ano, enviado naquele mês pelo Planalto ao Congresso. Segundo o jornal, um integrante do governo afirmou que tal previsão foi feita já com base nas novas regras, que seriam anunciadas apenas depois do pleito. Em meio ao vale-tudo promovido pelo PT para frear o "furacão Marina" em setembro de 2014, Dilma sugeriu que a adversária pretendia acabar com direitos trabalhistas em vigor e disparou uma frase cunhada pela sua equipe de marketing para chacoalhar a militância petista nas redes sociais: "Nem que a vaca tussa", esbravejou. A expressão foi usada à exaustão pela campanha, numa ofensiva pela desconstrução da imagem de Marina Silva – cuja candidatura minguou vertiginosamente na sequência. Na reta final do primeiro turno, uma vaquinha malhada chegou a ser mote de sindicalistas alinhados à então presidente-candidata para uma “mobilização nacional” em defesa dos trabalhadores. Agora a vaca está tussindo a valer, e a caponada sindicaleira, a pelegada petista, fica de boca completamente fechada. 

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