sábado, 10 de janeiro de 2015

Muitos milhares de pessoas vão às ruas em cidades francesas para protestar contra o terrorismo islâmico, você já imaginou isso acontecer no Brasil?


A grande manifestação marcada para este domingo em Paris a favor da liberdade de expressão e em homenagem às vítimas dos ataques que enlutaram a França nos últimos dias foi precedida por vários atos neste sábado. Milhares de pessoas foram às ruas em várias cidades do país, informaram fontes policiais. Em Pau, sudoeste, ao menos 30.000 pessoas realizaram uma passeata silenciosa. Em Orleans, centro, mais de 20.000 se reuniram, enquanto em Nice, a sudoeste, na beira do Mediterrâneo, cerca de 23.000 manifestantes foram contabilizados. As autoridades francesas anunciaram uma mobilização adicional de 500 militares na região de Paris dentro do plano antiterrorista Vigipirate visando à manifestação de domingo. Segundo o porta-voz do ministério da Defesa, o coronel Gilles Jaron, os soldados se somarão aos efetivos da polícia e serão 1.100 no total neste sábado e 1.350 no domingo, em Paris e arredores. De acordo com o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, o plano de alerta antiterrorismo na região parisiense, elevado na quarta-feira passada, será mantido nas próximas semanas. "Dado o contexto, estamos expostos a riscos. É importante, portanto, que o plano Vigipirate (de alerta), que foi aumentado na região de Paris e que foi alvo de medidas particulares no resto do país, seja reforçado no curso das próximas semanas", afirmou o ministro ao final de uma reunião de crise no palácio presidencial. Ele também confirmou que a França adotou todas as medidas necessárias para garantir a segurança nas manifestações pela liberdade de expressão previstas para este domingo. Entre os dirigentes que já confirmaram presença nas manifestações estão a alemã Angela Merkel, o italiano Matteo Renzi, o espanhol Mariano Rajoy e o britânico David Cameron. O primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu também confirmou presença. Enquanto isso, as forças de segurança francesas continuam procurando a terrorista islâmica Hayat Boumeddiene, a companheira de Amedy Coulibaly, o jihadista terrorista islâmico que na quinta-feira matou uma policial e na sexta-feira foi abatido pela polícia depois da tomada de reféns em um mercado de produtos judeus no leste da Paris, no qual matou quatro reféns. Os autores do massacre no jornal satírico Charlie Hebdo, os irmãos terroristas islâmicos Cherif e Said Kouachi, e Coulibaly, foram eliminados na sexta-feira em duas ações realizadas quase simultaneamente pelas forças de ordem. Desde o atentado contra o semanário, na quarta-feira, até o fim da tomada de reféns, nesta sexta-feira, morreram 17 pessoas em diferentes ataques na França, além dos três terroristas islâmico atacantes, e pelo menos 20 pessoas ficaram feridas.

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