terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O petista Movimento Passe Livre marca protesto contra reajuste dos ônibus do Rio de Janeiro

A negativa da Justiça de conceder liminar para impedir o aumento das passagens dos ônibus municipais, na ação civil proposta pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, é considerada pelo petista Movimento Passe Livre (MPL) do Rio de Janeiro, uma demonstração de que a tarifa tende a aumentar cada vez mais no atual modelo de gestão, em que os custos ficam com os usuários e as concessionárias têm total liberdade para administrar os serviços. O MPL promete fazer um ato de protesto contra o reajuste das passagens no próximo dia 9, às 17 horas, na Cinelândia. É o que afirma o integrante do MPL, José Abrahão, para quem a situação “é um ciclo vicioso": "O número de usuários diminui e isso vira mais um argumento para eles reduzirem a frota, a manutenção”. O ativista não tem dúvidas de que outros argumentos surgirão para justificar futuros aumentos das passagens. Segundo ele, o aumento de R$ 0,40 autorizado pela prefeitura do Rio de Janeiro “é um crime”. A passagem dos ônibus do município subiu de R$ 3,00 para R$ 3,40 no último dia 3, o que levou o Ministério Público do Rio de Janeiro a mover ação civil pública no Tribunal de Justiça do Estado pedindo a anulação do reajuste. O MPL do Rio de Janeiro defende que a o preço da passagem dos ônibus se reduza ao patamar recomendado em fevereiro do ano passado pelo Tribunal de Contas do Município, de R$ 2,50. Os ativistas repudiam a alegação do prefeito Eduardo Paes de que o aumento servirá para ampliar a frota de ônibus comuns com ar condicionado e avaliam que a falta de manutenção se torna “um meio de chantagem pública das empresas para terem mais aumentos”. De acordo com resolução publicada na manhã de hoje (6) no Diário Oficial do município pela Secretaria Municipal de Transportes, R$ 0,058 de cada R$ 0,40 do reajuste serão destinados à compra de 1.525 ônibus com ar condicionado, além dos 708 que deverão ser substituídos este ano por atingirem o limite da vida útil. A prefeitura informa ainda que mais R$ 0,131 dos R$ 0,40 de aumento nas passagens se deve ao pagamento de gratuidade para estudantes da rede pública. Segundo a prefeitura do município, a Secretaria Municipal de Educação não pode mais repassar R$ 60 milhões para as concessionárias, por determinação do Tribunal de Contas do Município.

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