quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Para Petrobras, corrupção começou em 2004 e parou com saída de diretor Paulo Roberto Costa. Então tá!!!!

Para avaliar os efeitos do esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato, a Petrobras considerou que as irregularidades ocorreram entre 1º de janeiro de 2004 e 30 de abril de 2012. A empresa alega, para delimitar esse período, ter usado os depoimentos à Justiça do ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso na operação que confessou ser um dos operadores do esquema, e do doleiro Alberto Yousseff. Foram analisados também os conteúdos das delações premiadas de Julio de Camargo, do Grupo Toyo, e de Augusto Mendonça, do Grupo Setal. Paulo Roberto Costa, ex-funcionário de carreira da Petrobras, assumiu a diretoria de Abastecimento em 2004, tendo deixado-a no fim de abril de 2012. Segundo as notas explicativas anexadas ao balanço do terceiro trimestre, contratos assinados nesse período com as empreiteiras citadas pelos depoentes "são passíveis de conter valores relacionados a atos ilícitos perpetrados por empresas fornecedoras, agentes políticos, funcionários da Petrobras e outras pessoas".
 

Em dezembro, a Petrobras anunciou que suspenderia a assinatura de contratos e licitações em andamento com a participação de 23 empreiteiras citadas pelos delatores. Para a estatal, "até o momento" não há evidências de que outros contratos assinados naquele período e fora dele "estejam em situação similar. A Petrobras diz entender a necessidade de rever os valores dos ativos para descontar o que foi pago indevidamente, mas considerou que a tarefa apresenta "severas dificuldades", classificando-a de "impraticável". Entre os motivos alegados para a "impraticabilidade", lista que parte dos valores pagos indevidamente por "corrupção, sobrepreço e outras formas de má conduta" foram feitos por terceiros, não estando disponíveis nos registros da Petrobras. Outro motivo é que, como já havia indicado a presidente da Petrobras, a petista Graça Foster, em dezembro, as investigações podem levar anos, e novos episódios e detalhes da corrupção na empresa podem ser revelados. A análise, feita pela empresa, mas descartada, apontou inicialmente uma necessidade de subtrair R$ 88,6 bilhões de seus ativos, em valores atribuídos à corrupção. Foram revistos valores de 52 ativos, e encontrada necessidade de dar baixa em 31 deles. Diante das alegações da auditoria independente, a PwC, de que o valor contemplava variáveis indevidas, na reunião que avaliou as contas do terceiro trimestre, nesta terça-feira, o cálculo foi abandonado. A empresa diz estar buscando, inclusive junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a SEC (Securities and Exchange Commission, equivalente à CVM nos EUA), orientação sobre alternativas para dar baixa da corrupção.

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