sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Planalto teme que crise da água "contamine" governo federal

A presidente Dilma Rousseff se reúne nesta sexta-feira, 30, com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Dilma quer conhecer as medidas emergenciais que Alckmin está tomando para amenizar o problema da falta de água no Estado e oferecer ajuda do governo federal. Diagnóstico feito pelo governo federal aponta que grande parte da responsabilidade da crise hídrica que afeta São Paulo é do governo do Estado, que recebeu vários alertas do risco de seca, mas evitou tomar medidas drásticas como o racionamento, por causa do período eleitoral. No entanto, o Planalto não pretende incentivar qualquer guerra política, uma vez que o problema não se resume a São Paulo, comandado pelo tucano, e também por temer que este problema possa contaminar o governo federal, embora a distribuição de água seja uma responsabilidade estadual. O convite a Alckmin foi feito pela presidente Dilma Rousseff. O Planalto tem dado demonstrações que quer construir parcerias e ajudar na elaboração de projetos para minimizar os problemas da população. Por isso, quer conhecer o plano de contingência de Alckmin. Dentro dessa idéia, na semana passada, foi anunciada a liberação de R$ 800 milhões para que seja feita a inclusão no PAC das obras de interligação do Reservatório Jaguari-Atibainha. A proposta foi feita pelo governo paulista em dezembro. O governo federal insiste na necessidade de obras emergenciais porque as que estão sendo apresentadas só darão resultados em médio prazo. Caso a situação se agrave ainda mais, o governo federal poderá oferecer até mesmo transporte de água por trem, caminhão-pipa e construção de cisternas. Na conversa, poderá ser discutida ainda a possibilidade de usar a água da Represa Billings para abastecer os Sistemas Guarapiranga e Alto Tietê, proposta apresentada por Alckmin na semana passada. É que há preocupação no Ministério das Minas e Energia de que esta transposição afete o fornecimento de energia no Estado.

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