quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A presidente falsa e mentirosa convoca o marqueteiro para falsear e mentir de novo.



Mergulhada na pior crise de imagem desde que o PT chegou ao poder, a presidente Dilma Rousseff vai buscar a ajuda do ex-presidente Lula X9 e do marqueteiro João Santana (foto) para afinar uma estratégia de recuperação da popularidade. Dilma e Lula ficaram de se encontrar nesta semana. A reunião, porém, depende de um espaço na agenda de ambos. No caso de João Santana, o encontro será na sexta-feira (13).  Dilma e Lula estiveram juntos na sexta-feira (6), na festa de 35 anos do PT, em Belo Horizonte. O encontro, o primeiro desde a posse da petista, ocorreu antes da divulgação da pesquisa do Datafolha. A presidente não ouve os dois há muito tempo. No caso de Lula, apesar do encontro recente, os dois não tiveram tempo para falar sobre os problemas do governo. Em relação a Santana, a única vez em que estiveram juntos foi no ano passado, quando ele a ajudou a produzir o discurso de posse. O Datafolha mostrou forte deterioração da avaliação da presidente. Cerca de metade (47%) dos brasileiros a considera desonesta, falsa (54%) e indecisa (50%). Esses dados, somados à perda de apoio em estratos mais pobres, foram os que mais assustaram Dilma. A pesquisa apontou que 44% classificam o governo como ruim ou péssimo. É a mais baixa avaliação desde Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O encontro com Lula deve colocar em marcha um conjunto de ações para uma reação. A relação entre os dois sofreu um esfriamento desde a eleição. Acostumada a consultá-lo, Dilma tem tomado decisões mais solitárias, como a que levou Aldemir Bendine ao comando da Petrobras. Na segunda-feira (9), a presidente e seus principais ministros resolveram finalizar, o mais rápido possível, o pacote de medidas anticorrupção a ser enviado ao Congresso. A ideia é tentar, com isso, reverter alguns pontos de desaprovação nas pesquisas. O pacote, porém, é promessa antiga, feita ainda na eleição. O tema corrupção, impulsionado pelos desdobramentos das investigações sobre os desvios na Petrobras, rivaliza com a saúde pública como o principal problema do País, mostrou o Datafolha - 21% e 26%, respectivamente. A estratégia de reação será definida com Lula e Santana. Essa foi a principal decisão de Dilma após reunião com seus principais ministros. O governo tem um cardápio de ações com recomendações elementares de comunicação: conceder mais entrevistas, promover mais solenidades no Planalto e viajar mais. Assim como o pacote anticorrupção, o roteiro não é novo. Há anos o PT vem batendo na tecla de que Dilma precisa correr o País e divulgar sua gestão. Ela, porém, costuma vetar agendas fora e, desde novembro, não dá entrevistas. Seu programa de rádio, "Café com a Presidenta", desativado na campanha, até agora não voltou ao ar. Auxiliares defendem que ela use a rede nacional de rádio e TV para explicar o pacote de medidas para reequilibrar as contas públicas e ações no combate a desvios éticos. A chefe, por ora, resiste, com receio de que isso acentue a percepção de crise.

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