quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Ações da Petrobras fecham em queda de quase 5%


A Petrobras voltou aos holofotes do mercado financeiro nesta quarta-feira, um dia depois de a agência de classificação de risco Moody's rebaixar sua principal nota de crédito, tirando a empresa o grau de investimento. A notícia, divulgada na noite de terça-feira, levou os acionistas a uma corrida pela venda dos papéis da empresa na BM&FBovespa e, consequentemente, os papéis da estatal despencaram neste pregão. No fim da sessão, as ações preferenciais da Petrobras, aquelas sem direito a voto no Conselho de Administração, fecharam em queda de 4,87%, cotadas a 9,38 reais cada. Já as ordinárias, com direito a voto, recuaram 4,52%, a 9,30 reais. Os papéis chegaram a cair mais de 7% no meio do dia, mas as perdas diminuíram um pouco. Isso ajudou o Ibovespa, que também caiu – na mínima da sessão, a queda era 1,56%, mas o principal índice da Bolsa fechou com queda de apenas 0,12%, aos 51.811 pontos.  O rating da dívida em moeda estrangeira da Petrobras foi rebaixado pela Moody's em dois degraus, passando de "Baa3", que é a última nota da escala de grau de investimento da agência de classificação, para "Ba2". Além disso, a Moody's manteve a classificação da estatal em revisão para novo rebaixamento. A Moody's foi a primeira das três grandes agências de risco a cortar o rating da Petrobras para o nível especulativo. Fitch e Standard & Poor's avaliam a estatal atualmente como "BBB-", no piso do nível de grau de investimento. Mas a Fitch colocou essa classificação em observação negativa, o que significa que um rebaixamento é possível nos próximos meses. Um segundo corte pode ter um impacto ainda mais significativo sobre títulos e ações da Petrobras, uma vez que muitos gestores de fundos só podem investir em empresas que são classificadas com grau de investimento por pelo menos duas agências de risco.

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