quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Bancos públicos têm R$ 6 bilhões para reforçar caixa da Petrobras


O governo acenou com uma ajuda de 6 bilhões de reais para reforçar o caixa da Petrobras, afirmou uma fonte da cúpula da estatal. Os recursos viriam do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Esta foi a única alternativa de suporte financeiro proposta pela União à companhia. O montante de 6 bilhões de reais é considerado, pelo comando da Petrobras, o valor máximo possível de financiamento que a empresa pode pagar sem comprometer o nível de alavancagem (relação entre patrimônio e dívida). Este é um dos itens mais observados por agências de classificação de risco e foi usado como argumento pela Moody's para justificar a perda do grau de investimento da estatal. Neste cenário, a opção mais viável para reforçar o caixa, segundo a nova diretoria, é acelerar a venda de áreas para a exploração de petróleo, ainda que o momento seja inapropriado devido à queda do preço do barril. A Petrobras contratou o banco JP Morgan para mapear investidores do mundo todo interessados em adquirir reservas de petróleo sob concessão da companhia. Em janeiro, a estatal já havia anunciado que iria colocar o pé no freio dos gastos para se ajustar às dificuldades financeiras impostas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). Até o ano passado, eram previstos gastos de 220 bilhões de dólares de 2014 a 2018, o que representaria 44 bilhões de dólares por ano, em média. Com as complicações de caixa as previsões de orçamento anual encolheram para 30 bilhões de dólares - número que pode ser ainda menor, após a perda grau de investimento pela Moody's. Em nota divulgada nesta quarta-feira, a Petrobras informou que está adotando medidas para preservar o caixa e reduzir a alavancagem. Também pretende reduzir investimentos e vender mais ativos, além de estudar outras possibilidades de financiamento.

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