sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Dieese aponta que a cesta básica aumentou em 17 das 18 capitais pesquisadas


Os produtos da cesta básica ficaram mais caros em janeiro, na grande maioria das capitais, segundo Pesquisa Nacional da Cesta Básica pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Houve elevação em 17 das 18 capitais pesquisadas e as principais altas ocorreram em Salvador (11,71%); Aracaju (7,79%), Goiânia (7,48%) e Brasília (7,26%). A exceção foi Manaus, onde o valor da cesta caiu 0,89%, passando para R$ 317,84. Em 12 meses, a maior alta foi verificada em Aracaju, 23,65%. Apesar disso, a capital sergipana apresenta o menor valor com R$ 264,84, seguida de Natal, com R$ 277,56, alta de 3,29%; e João Pessoa, com R$ 278,73 e alta de 2,47%. A cesta mais cara foi encontrada em São Paulo, onde o consumidor paga R$ 371,22 , valor 4,81% acima do registrado em dezembro último e 14,76% maior do que em janeiro do ano passado. Segundo a lista dos maiores valores, Porto Alegre aparece em segundo lugar com R$ 361,11 ou 3,6% acima do mês anterior e 12,48% a mais que no mesmo mês de 2014. Em terceiro, está Florianópolis com R$ 360,64 e alta de 2,14% em relação ao registrado em dezembro último. Em 12 meses, a capital de Santa Catarina apresentou elevação de 11,76%. Em Goiânia, os preços subiram, na média, 18,22% em um ano, com cesta básica a R$ 323,73. Em Brasília, o valor alcançou R$ 353,60, alta de 16,28% em 12 meses. No Rio de Janeiro, o reajuste no mês foi 4,58%, com R$ 353,51, crescimento de 13,84% em 12 meses. Em Vitória, os consumidores pagavam em janeiro deste ano R$ 348,30, 4,55% a mais do que em dezembro último e 6,47% acima do mesmo período em 2014. Em Belo Horizonte, o valor saltou em um mês 6,81%, com R$ 337,57. Os preços na capital mineira ficam 10,31% mais altos do que há um ano. Em Curitiba, o valor da cesta básica cresceu 6,33%, com R$ 335,82, representando 14,2% a mais do que em janeiro de 2014. Em Campo Grande, o custo aumentou 6,9%, com R$ 329,58 ou 14,21%, correspondente ao período de um ano. Em Belém, o valor da cesta foi corrigido em 1,02%, passando para R$ 310,78 ou 4,86% de alta sobre janeiro do ano passado. No Recife, o valor atingiu R$ 290,43, altas de 1,41% no mês e de 3,45% em um ano. Em Fortaleza, o custo ficou em R$ 288,99, com alta de 3,07% sobre dezembro último e de 5,24% sobre o mesmo mês do ano passado. Com base na variação de preços apurada em São Paulo, que tem a cesta mais cara do país, o Dieese calculou que o salário mínimo ideal para suprir as necessidades básicas de uma família é R$ 3.118,62 ou 3,96 vezes maior do que o mínimo atualmente em vigor no país, R$ 788,00. Em dezembro último o valor tinha sido de R$ 2,975,55 ou 4,11 vezes mais do que o piso naquele período, que era R$ 724,00. Os itens que mais aumentaram em janeiro foram carne bovina, feijão, pão francês, tomate e batata. Na outra ponta, contribuíram para minimizar o impacto desses aumentos o leite e a farinha de mandioca. No caso do feijão preto, pesquisado no Sul e em parte do Sudeste (Rio de Janeiro e Vitória) e do Centro-Oeste (Brasília), os preços oscilaram entre 2,27% (Porto alegre) e 7,59% (Vitória). Em Brasília, houve queda de 0,18%. O feijão carioquinha foi cotado entre 8,27%, em Salvador e 46,21%, em Campo Grande. Segundo o Dieese, essa cultura foi comprometida em algumas localidades por excesso de chuva ou de estiagem e redução da área plantada, devido à baixa cotação no mercado. A carne bovina ficou mais cara em 16 das 18 capitais, por causa da redução da oferta. A batata chegou a custar até 74,9% a mais em Porto Alegre – em um ano, os gaúchos passaram a pagar até 100,87%. O pão francês foi reajustado em 14 capitais, com destaque para Campo Grande, onde o valor aumentou 2,06% em 12 meses. A maior alta do pãozinho foi em Aracaju (24,02%). Esses custos refletem tanto a cotação do trigo quanto o reajuste das tarifas públicas. Quanto ao tomate, nas 12 cidades onde o produto ficou mais caro, os destaque foram Belo Horizonte (39,93%) e Salvador (30,32%). O leite ficou mais barato em 15 das 18 capitais pesquisadas, com quedas mais expressivas em Goiânia (8,57%) e Belém (7,48%). Os preços da farinha de mandioca caíram em seis das oito capitais do Norte e do Nordeste. A maior retração foi em Natal (10,27%).

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