sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Federação dos Policiais Rodoviários Federais protesta contra a ordem do governo petista de usar a força sobre caminhoneiros no Rio Grande do Sul

A Federação Nacional dos Policiais Federais tirou nota ainda há pouco, para protestar contra a decisão do governo de mandar a Polícia Rodoviária Federal usar a força bruta contra os grevistas que obstruem a BR-101 em Três Cachoeiras, no Rio Grande do Sul. A nota critica o governo Dilma com contundência: "Lamentamos a rápida judicialização de movimentos classistas pelo governo, do qual, inclusive, nossa operação padrão foi vítima em 2012, e o tratamento diferenciado que movimentos "sociais" alinhados ideologicamente com o governo têm tido em situações semelhantes". A nota deixa claro que o governo do PT é tolerante com seus pelegos do MST e da CUT, mas investe com ferocidade quando as greves são realizadas por entidades independentes, como é o caso dos caminhoneiros. A Polícia Rodoviária Federal, por sua entidade, manifesta apoio à causa da greve. Leia a íntegra da nota: "A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) vem através desta nota se manifestar sobre a atuação da força de choque da PRF no cumprimento de determinação judicial de desobstrução de rodovias federais pelas manifestações dos profissionais da área de transportes. Ao policial não cabe contestar a lei ou as decisões judiciais. Sua missão constitucional é cumpri-las, sob pena de responder por crime de prevaricação, o que sua omissão, neste caso, poderia resultar em prisão e posterior demissão. Há de se ressaltar primariamente que a missão fundamental de qualquer entidade sindical é apoiar a atuação legal de seus sindicalizados, razão pela qual manifestamos apoio aos colegas que tiveram de cumprir a ordem judicial. Não obstante, enquanto cidadãos manifestamos solidariedade à justa causa dos profissionais de transportes que, assim como nós, lutamos por melhores condições trabalho e por um País melhor. Lamentamos, outrossim, a rápida judicialização de movimentos classistas pelo governo (do qual inclusive nossa operação padrão foi vítima em 2012) e o tratamento diferenciado que movimentos 'sociais' alinhados ideologicamente com o governo tem tido em situações semelhantes. Brasília, 25 de fevereiro de 2015".

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