"O câmbio é o ativo com preço mais profundamente errado." A afirmação, uma das mais comentadas na terça-feira (10) entre os investidores, é de Luis Stuhlberger, o gestor do fundo Verde, o maior do segmento multimercado no País. Considerado um guru do mercado, Stuhlberger não fala em qual patamar a moeda deveria estacionar, mas indica que seria acima do patamar atual. Ele diz acreditar que o dólar não se justifica na faixa entre R$ 2,70 e R$ 2,80, principalmente, devido ao rombo de US$ 90 bilhões (4,5% do PIB) nas transações com o Exterior. O gestor já contabiliza os novos preços da minério de ferro e da soja, que, segundo ele, serão "bem abaixo do preço médio de 2014". Para o gestor, o País precisaria de um dólar que levasse esse déficit para a casa de 2,5% do PIB. Pesando a favor da manutenção do dólar no patamar atual, o gestor citou a atratividade da taxa elevada de juros brasileira e as "excelentes credenciais" do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. "Contra, há uma infinidade de fatores que chega a ficar difícil nomeá-los": "Poucas vezes em minha carreira profissional me lembro de ter visto um alinhamento de circunstâncias negativas tão forte que levaria a uma depreciação cambial. É o que chamamos de uma situação de 'perigo real e imediato' não precificado".
Nenhum comentário:
Postar um comentário