sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Governo petista pode estender horário de verão até março para tentar escapar do racionamento de energia elétrica

Eduardo Braga: horário de verão pode durar até março

O governo da soberana petista Dilma Rousseff pode estender em um mês o horário de verão para estimular a economia de energia e assim tentar escapar de um racionamento que parece inevitável. A informação foi dada pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, em entrevista ao Jornal Nacional, nesta quinta-feira. O horário de verão teve início em 19 de outubro e sua previsão de término é em 22 de fevereiro. Contudo, segundo o ministro, equipes avaliarão o ritmo hidrológico a partir do dia 12 para definir se haverá necessidade de ampliação.  O horário de verão existe em onze Estados das regiões Sul e Sudeste, e no Distrito Federal. Com o mecanismo, o governo visa reduzir em 4,5% o consumo de energia no horário de pico. "Faremos uma avaliação no dia 12 de fevereiro para que nós possamos ter uma previsibilidade com relação ao ritmo hidrológico do final do mês de fevereiro e do começo do mês de março. E aí sim tomaremos uma decisão com relação ao horário de verão", disse Braga. O ministro reiterou a necessidade de recorrer às térmicas para suprir a falta de chuva — em especial a usina de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, que tem potência de 640 megawatts. Contudo, trata-se da opção menos indicada, já que para funcionar, a usina precisa de autorização do governo argentino para ligar o gasoduto que permite seu funcionamento. Também nesta quinta-feira, o governo acaba de abrir mais uma rota para comprar geração de energia de países vizinhos. O Ibama liberou a operação de uma nova rede, que interliga Brasil e Uruguai. A malha parte de uma subestação no município de Candiota (RS) e segue até a divisa com o Uruguai. Em janeiro, o Brasil utilizou linhas que chegam à Argentina para importar energia e garantir o abastecimento do País, que tem registrado recordes históricos de consumo neste ano. O Brasil já conta com interligações com o Paraguai, Argentina e com o próprio Uruguai. A nova rede de transmissão amplia a capacidade de intercâmbio entre os dois países. Isso é uma bobagem, porque o Uruguai tem baixíssima produção de energia. 

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