sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Ligados a esquema na Petrobras tinham contas na Suíça com R$ 111 milhões

Pelo menos 11 pessoas ligadas com o escândalo de corrupção na Petrobras investigado na Operação Lava Jato mantiveram contas ilegais na Suíça entre 2006 e 2007, com saldo total de R$ 110,5 milhões. A informação foi revelada nesta sexta-feira (13) pelo blog do jornalista Fernando Rodrigues. A informação faz parte do chamado Swissleaks, um vazamento sobre contas secretas no país europeu mantidas pelo banco HSBC, divulgado por meio de uma associação internacional de jornalistas. Segundo o blog, o Brasil tem 6.606 contas bancárias (que atendem a 8.667 clientes) e um valor movimentado de cerca de R$ 7 bilhões –o equivalente a cerca de R$ 20 bilhões-entre 2006 e 2007. Entre os envolvidos na Lava Jato, Julio Faerman é quem manteve o maior montante no HSBC suíço: US$ 20,8 milhões. Ele é apontado como intermediador de propinas. O ex-gerente da Petrobras e delator Pedro Barusco guardou US$ 1,9 milhão na instituição. Em depoimento, Barusco já havia revelado que mantinha contas no exterior e que 90% do total de propinas recebidas por ele -algo entre R$ 40 mi e R$ 50 mi-foi enviada para bancos fora do Brasil. Oito executivos das empreiteiras Queiroz Galvão e Galvão Engenharia também mantiveram contas no HSBC suíço: Antônio de Queiroz Galvão, Maurício Galvão, João Antônio de Queiroz Galvão, Ricardo de Queiroz Galvão, Fernando de Queiroz Galvão, Dario de Queiroz Galvão, Eduardo de Queiroz Galvão e Mário de Queiroz Galvão. Também o doleiro Raul Henrique Srour, suspeito de integrar o grupo do doleiro Alberto Yousseff, tem o nome na lista de correntistas do HSBC - porém, nenhum montante está registrado em sua conta. 

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