sábado, 14 de fevereiro de 2015

Ministro da Justiça recebeu advogados da Odebrecht em seu gabinete

O ministro da Justiça, o "porquinho" petista José Eduardo Cardozo, recebeu em uma audiência em seu gabinete, no dia 5 deste mês de fevereiro, três advogados representantes da empreiteira Odebrecht, envolvida na Operação Lava- Jato. O encontro consta da agenda oficial do ministro, divulgada no site da Pasta, mas sem informar que os advogados representam a construtora, nem detalhar o assunto. Outros encontros com defensores de empreiteiros teriam acontecido. Na sexta-feira, a revista “Veja” informou que o ministro se reuniu com Sérgio Renault, advogado da empreiteira UTC, e com o ex-deputado federal Sigmaringa Seixas. Na edição de ontem, a “Folha de S. Paulo” noticiou que ele teria tido ao menos três encontros neste mês com advogados da própria UTC e da Camargo Correa. “Audiência com os senhores Pedro Estevam Serrano, Maurício Roberto Ferro, Dora Cavalcanti e com a participação do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira. Pauta: Visita Institucional”, é como está escrito na página da internet. Serrano e Dora são advogados da construtora; Ferro é vice-presidente jurídico. A Odebrecht foi citada na delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. De acordo com ele, a construtora teria lhe pagado US$ 31,5 milhões em propina. Ele afirmou que o dinheiro era depositado em contas na Suíça pelo operador Bernardo Freiburghaus, dono da Diagonal Investimentos. Ainda segundo Paulo Roberto Costa, os US$ 31,5 milhões foram depositados entre os anos de 2012 e 2013 em quatro ocasiões. Ele disse que a propina foi enviada pela construtora para quatro contas correntes diferentes em nome de empresas criadas por ele. A Odebrecht negou as acusações, que qualificou como “calúnias”.

O "porquinho" petista José Eduardo Cardozo confirmou ao GLOBO que se reuniu com os representantes da empreiteira – que ele não quis identificar. De acordo com o ministro, os advogados foram atendidos porque haviam feito um pedido formal de audiência. Cardozo afirmou que os advogados foram apresentar duas representações denunciando supostas irregularidades em fatos que envolvem a Operação Lava-Jato. No entanto, não quis dizer do que se tratava. "As representações tramitam em sigilo e foram encaminhadas aos órgãos responsáveis, sendo informadas as autoridades competentes. Foi feita uma ata da reunião", declarou. O ministro disse que essa foi a única reunião que manteve com advogados de empreiteiras envolvidas no escândalo que investiga pagamento de propina a funcionários da Petrobras e políticos. A agenda do "porquinho" petista José Eduardo Cardozo, porém, não é detalhista. Ele passa meses sem anotar nenhuma atividade. Segundo o ministro, ele age como os demais colegas e, quando não há informação divulgada é porque ele está em despachos internos. Na sexta-feira, a revista “Veja” informou que o ministro se reuniu com Sérgio Renault, advogado da empreiteira UTC, e com o ex-deputado Sigmaringa Seixas. Na edição de ontem, a “Folha de S. Paulo” noticiou que ele teria tido ao menos três encontros neste mês com advogados da própria UTC e da Camargo Corrêa. O "porquinho" petista José Eduardo Cardozo negou que tenha atendido Renault. De acordo com ele, os dois apenas se cumprimentaram na antessala de seu gabinete. O ministro afirmou que estava reunido com Sigmaringa para tratar de assuntos pessoais, e Renault passou no ministério para dar uma carona a Sigmaringa e levá-lo para almoçar. O encontro entre Cardozo e Renault, segundo o ministro, teria acontecido quando ele acompanhou Sigmaringa até a porta de seu gabinete. "Foi um encontro rápido, onde apenas trocamos cumprimentos. Eu o conheço há muitos anos e somos amigos. Não falamos nada sobre a Lava-Jato", declarou. O ministro também afirmou que em nenhum momento teria tranquilizado advogados das empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras. "Se alguém está dizendo isso, mente. Eu nunca falaria isso, em hipótese alguma. Se há advogados espalhando esse tipo de boato é porque devem estar irritados pelo trabalho que o Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal, tem feito". material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. É a típica fala de político. Se ele diz que não deu conselho algum aos advogados dos empreiteiros propineiros, então é conveniente entender o contrário. 

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