quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Ministro Luis Roberto Barrroso não acredita que Itália negará a extradição do bandido petista mensaleiro Henrique PIzzolato


O ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo do Mensalão do PT no Supremo Tribunal Federal, disse nesta quinta-feira não haver razões para que o governo da Itália negue a extradição do bandido petista mensaleiro e foragido Henrique Pizzolato para o Brasil. O pedido foi aceito pela Justiça italiana nesta quinta-feira, mas o Executivo terá a palavra final sobre o caso. Pizzolato foi preso em fevereiro do ano passado na Itália, após ser condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por sua participação no Mensalão do PT. Ele era diretor de marketing do Banco do Brasil na época dos desvios. "Só seria o caso de o Executivo negar essa entrega se houver algum fundamento político relevante que justifique, e eu penso que não seja o caso", disse o ministro, pouco antes da sessão plenária do STF. O ministro também afirmou que não há analogia entre o caso de Pizzolato e o de Cesare Battisti, o terrorista italiano cuja extradição foi negada pelo governo do alcaguete Lula (ele delatava companheiros para o Dops paulista durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de reputações") em 2010. Barroso, que foi advogado de Battisti, disse que o italiano cometeu crimes considerados políticos e só teve a extradição solicitada 32 anos após os delitos. "É um contexto completamente diferente", afirmou. Evidentemente, o ministro conta uma completa inverdade sobre o passado do bandido Battisti na Itália. Luís Roberto Barroso também admitiu que uma eventual decisão pela não-extradição de Pizzolato geraria um sentimento de impunidade. "Se houve uma condenação e a Itália não o entregar para que a pena seja cumprida no Brasil, certamente haverá uma sensação de impunidade. Pior do que sensação: haverá um fato real e concreto de impunidade já que há uma decisão transitada em julgado", afirmou. O ministro, entretanto, disse não acreditar que o governo italiano agirá por vingança por causa do caso Battisti.

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